Lula convida príncipe saudita que presenteou Bolsonaro com joias de R$ 16,5 milhões para visita

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou nesta segunda-feira, por telefone, com o príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman Al Saud, apontado como responsável pela doação de joias milionárias ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O monarca também é acusado de mandar matar um jornalista.


O governo do ex-presidente tentou entrar no Brasil ilegalmente com joias sauditas avaliadas em aproximadamente R$ 16,5 milhões em outubro de 2021. As pedras preciosas seriam um presente da Arábia Saudita à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

 




O episódio, revelado pelo jornal Estado de S. Paulo em março de 2023, envolveu várias tentativas subsequentes de liberar os itens da alfândega no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, onde o material acabou apreendido por não ter sido devidamente declarado.


De acordo com o Palácio do Planalto, as relações Brasil-Arábia Saudita estão em um excelente momento e o Conselho de Coordenação Brasileiro-Saudita vai fortalecer o diálogo entre os dois países. Lula ainda agradeceu Al Saud pela adesão da Arábia Saudita à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.


“Lula destacou que o fluxo de comércio está crescendo em volume e valor e que a Arábia Saudita já é o maior parceiro do Brasil no Oriente Médio. Indicou o objetivo de diversificar esse intercâmbio com produtos de maior valor agregado, com vistas a fortalecer as cadeias de valor entre os dois países”, afirmou a assessoria do presidente, em nota.


O príncipe herdeiro também se mostrou propenso a fechar novos negócios no setor de energia. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, está em viagem a Riade, capital da Arábia Saudita. O presidente Lula também renovou o convite ao príncipe herdeiro para visitar o Brasil em 2025.


Mohammad bin Salman Al Saud é alvo de inúmeras denúncias, entre elas o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, em 2018, intolerância religiosa e de impor um apartheid contra mulheres e homossexuais.


Um relatório da Inteligência dos Estados Unidos sobre o assassinato de Jamal Khashoggi, divulgado em 2021, concluiu que Mohammad bin Salman aprovou uma operação para “capturar ou matar o jornalista”. Jamal desapareceu no dia 2 de outubro de 2018, depois que entrou no consulado saudita em Istambul. A Arábia Saudita indicou que ele foi morto “durante uma luta”.

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