O apoio do PT ao nome de Marília Arraes (Solidariedade) para o segundo turno das eleições é mais um capítulo nas idas e vindas da relação entre a candidata e a sigla. Tudo começou em 2016, quando ela se filiou ao Partido dos Trabalhadores depois de uma saída turbulenta do PSB. À época, ela fazia parte da oposição ao governo Geraldo Julio (PSB), apesar de compor a base aliada do então prefeito do Recife.
Já no PT, disputou outra campanha para vereadora e conseguiu se eleger para mais quatro anos na Casa de José Mariano. No entanto, não chegou a terminar este mandato. Em 2018, o nome dela foi ventilado para disputar o Governo do Estado com o então candidato à reeleição Paulo Câmara (PSB).
Apesar de figurar à frente nas pesquisas de intenção de voto, pesou contra ela o apoio em nível nacional do PT com o PSB para que os socialistas apoiassem o nome de Fernando Haddad (PT) a presidente da República.
Concomitantemente, o PT incentivaria o nome de Paulo Câmara para mais quatro anos à frente da gestão estadual. Apesar de ter o apoio de um dos principais nomes que defendia a candidatura de Marília Arraes na época — a saber, Teresa Leitão (PT) —bo projeto de sair como governadora não vingou. Com isso, Marília foi disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, sendo a segunda deputada federal mais votada naquele ano no Estado.
Em 2020, o PT alçou o nome de Marília Arraes para a disputa à Prefeitura do Recife, mas ela foi derrotada no segundo turno pelo primo João Campos (PSB). No início deste ano, decidiu sair do PT depois de uma série de divergências internas em torno do seu nome, que viria para o Senado — a Frente Popular indicou Teresa Leitão no seu lugar.
O apoio do PT ao seu nome este ano é mais um capítulo desta relação cheia de nuances entre o PT e Marília Arraes.
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