A nove dias do segundo turno, o número de denúncias de assédio eleitoral recebidas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) chegou a 1.112. Os relatos de patrões que tentam pressionar funcionários para votarem em seus candidatos explodiu ao após o primeiro turno do pleito. Em 2018, foram apenas 212 denúncias sobre a prática.
De acordo com a legislação, o assédio eleitoral ocorre quando alguém tenta constranger, ameaçar ou coagir alguém para que a pessoa vote em determinado candidato. Até o momento, 918 empresas foram denunciadas pela prática.
Dados do MPT mostram que a região Sudeste concentra o maior número de denúncias, com 447 relatos. Em seguida, aparece a região Sul, com 321 casos; depois, Nordeste, com 187 ocorrências; Centro-oeste com 101; e Norte, com 56. O estado com maior incidência de casos é Minas Gerais, com 295 denúncias.
O MPT já moveu oito ações civis públicas e celebrou 12 Termos de Ajuste de Conduta (TAC) com empresários que praticaram assédio eleitoral. Além disso, o órgão obteve seis liminares relacionadas a denúncias sobre o crime.
Autoridades tem manifestado preocupação com o tema após a explosão de denúncias. Na semana passada, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, classificou a prática como “lamentável” e afirmou que buscaria soluções para responder ao problema.
— Não é possível que em pleno século 21 se queira coagir o empregado— afirmou Moraes na ocasião.
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