Na coletiva após a derrota para o Grêmio por 3 a 0, o técnico Dado Cavalcanti expressou novamente o seu desejo de continuar no comando do Náutico para 2023. O treinador já havia comentado sobre sua intenção de permanecer após a confirmação do rebaixamento à Série C, mas diz que o movimento de renovação “tem que partir da direção” do clube.
“Essa é uma condição que não pode partir de mim, precisa partir da direção. Existem as movimentações da gestão para fazer as avaliações que precisam ser feitas. Não sabemos ainda o que será de 2023”, disse.
Ainda sobre 2022, o comandante alvirrubro comentou que a movimentação para que o último jogo da temporada – contra a Ponte Preta, em casa, marcado para o dia 6 de novembro – seja antecipado, para que o Timbu possa desfrutar de uma pré-temporada mais longa.
“A única coisa que eu tentei junto com o Nei [Pandolfo, executivo de futebol] foi a solicitação para antecipar o último jogo, para adiantar as férias e consequentemente, a pré-temporada”, comentou.
“O Náutico vai ter a oportunidade, seja comigo ou com outro treinador, de fazer uma pré-temporada um pouco mais longa que seus adversários. Isso é uma vantagem”, completou.
Para Dado, essa antecipação é importante não só pela preparação física do elenco, mas também por causa da escassez de recursos financeiros por causa do rebaixamento à Série C. A ideia é “começar 40 dias antes, com quatro ou cinco amistosos” para que o alvirrubro possa “fazer uma pré-temporada decente”.
Sobre o jogo
O treinador viu o Náutico jogando de igual pra igual com o Grêmio no primeiro tempo, mas tomou o gol devido a qualidade técnica do adversário. Já no segundo tempo, a expulsão de Geuvânio acabou pesando para a equipe da Rosa e Silva.
“Jogo de igual para igual no primeiro tempo. Tivemos falhas, mas tivemos algumas coisas boas, o jogo foi rigorosamente igual. Tomamos o gol na qualidade técnica do Grêmio, isso naturalmente fez a diferença”, afirmou
“No segundo tempo teve o lance da expulsão, que acabou culminando em um jogo desigual. Prejudicou nossas expectativas de igualar o placar. Isso pesou no jogo e resultou no placar elástico”, completou.
Vindo de duas derrotas seguidas, sendo uma delas o 6 a 0 sofrido contra o Novorizontino, e com o rebaixamento já confirmado, o treinador foi perguntado sobre o clima no vestiário alvirrubro. Dado lamentou que o silêncio virou rotina na equipe e que vai “juntar os cacos” para os últimos dois jogos da Série B.
“É um vestiário silencioso, onde poucos falam. Infelizmente, isso acabou virando rotina, é uma pena que isso aconteça. Para os próximos dois jogos, nós vamos juntar os cacos”, lamentou.
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