O dia que Jarbas matou uma barata que escapou do sofá na casa de Lula

O sofá já era velhinho e estava alocado na sala da casa de 33 metros quadrados. Sem móveis que distraíssem a visão, ele ganhava um destaque no cômodo. A situação do estofado deixou deixou Lula acanhado. Enquanto aguardava uma visita que estava prestes a chegar, o petista resolveu por uma colcha da cama por cima, de forma a disfarçar a condição já deteriorada do assento. O ano era 1978 e o líder-mor do PT esperava, na ocasião, o pernambucano Jarbas Vasconcelos. Lula conta que o emedebista foi o primeiro político que o visitou, naquele ano, em sua residência no ABC Paulista, onde ele morava com dona Marisa, de quem é viúvo, a sogra e dois filhos. Jarbas sentou por cima da manta e, naturalmente, a política foi à pauta. Mas o que marcou Lula mesmo foi um imprevisto que se deu no meio do papo: uma barata saiu do sofá. Jarbas, conta o petista, em detalhes, matou ela com o pé e cuidou de mantê-la morta, ali embaixo, enquanto pôde, sem arredar o pé do lugar, dando seguimento à conversa, no intuito de não constranger o anfitrião. Lula diz jamais esquecer disso e relatou o caso, na última segunda, ao presidente estadual do MDB, deputado federal Raul Henry, assim que o senador Humberto Costa apresentou o dirigente como uma liderança “muito ligada a Jarbas”. Henry esteve entre os convidados para trocar ideia com Lula durante a passagem dele recente por Pernambuco.


Foram à mesa no hotel Atlante Plaza, onde o ex-presidente estava hospedado. Foi a estreia de Raul numa conversa política com Lula. O caso narrado serviu para descontrair. Antes desse episódio, Henry só havia estado com o petista no Palácio do Planalto uma única vez, nos idos de 2005, acompanhando uma agenda de Jarbas, então governador de Pernambuco. A pauta era a Refinaria Abreu e Lima. Henry participou da reunião na condição de secretário de Planejamento e Jarbas agia para trazer o empreendimento para Pernambuco. “Quem acertou foi o Jarbas”, declarou Lula a Henry, fazendo referência à atuação do, então, governador junto a Hugo Chávez para atrair a refinaria. Tasso Jereissati, completou o petista, errou, porque foi buscar na Arábia Saudita. Lula fazia referência à petrolífera Aranco e ao, então, governador do Ceará, hoje senador e um dos nomes do PSDB cotados para concorrer ao Planalto. Entre os elogios que dispensou a Jarbas, Lula revelou que era fã dele, que tinha intenção de encontrá-lo e de saber o motivo de o emedebista ter feito “oposição tão feroz” a ele depois disso. 



Dois lados da moeda

Na Frente Popular, a “ausência e insistência de Geraldo Julio em não se colocar como candidato tem levado aliados a elocubrarem”, avalia um membro desse conjunto em reserva, lembrando que, por enquanto, “ninguém avalia plano B”. E adverte que Geraldo carrega uma “responsabilidade” com o projeto do qual é “fiador”.


Fiador – Socialistas repisam que Geraldo Julio é “fiador” da continuidade das duas gestões Eduardo Campos e das duas de Paulo Câmara. Uma desistência, dizem, “não é posição que você toma a partir, exclusivamente, de um sentimento individual”.


Responsabilidades – No PSB, as últimas movimentações têm gerado dúvidas. “Estamos representando um projeto político, que governa Pernambuco desde 2006 e cada um tem suas responsabilidades”, observa um socialista, subindo o tom.


Pesquisa – Dois editais da Facepe, recém-lançados, somam R$ 15 milhões. O primeiro, de R$ 10 milhões, visa à aquisição e manutenção de equipamentos para novos Laboratórios Multiusuários, realça o secretário de Ciência e Tecnologia, Lucas Ramos. Os outros R$ 5 milhões serão investidos no edital Jovens Pesquisadores, que visa apoiar projetos de jovens cientistas. 

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