O procurador-geral da República, Augusto Aras, estima apresentar na próxima quinzena até 200 denúncias contra os envolvidos nos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro na praça dos Três Poderes. Em entrevista ao SBT, o procurador ainda afirmou que há pelo menos dez denúncias contra incitadores, financiadores e vândalos que devem ser ajuizadas até o fim desta semana. O Ministério Público Federal (MPF) já tem 40 denúncias prontas contra pessoas identificadas.
O procurador-geral também disse que a investigação envolve agentes públicos, mandantes intelectuais, financiadores e executores dos atos antidemocráticos. Aras não descartou a costura de uma “solução conciliada” com o Supremo Tribunal Federal (STF) e com o Congresso Nacional.
Os golpistas devem responder pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e deterioração de patrimônio tombado. Também será apurado dano qualificado por violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável e considerável prejuízo à vítima.
Questionado sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro ser responsabilizado por questionar o resultado das eleições numa postagem que posteriormente foi apagada, o procurador-geral lembrou que a abertura do inquérito contra Bolsonaro foi de autoria da própria PGR. Aras disse que o objetivo é colher possíveis provas de autoria e materialidade contra o ex-chefe do Executivo.
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