O senador Sérgio Moro (União-PR) afirmou que vai apresentar nesta quarta-feira (22) um projeto de lei para aumentar a segurança de profissionais envolvidos no combate ao crime e criminalizar o planejamento de atentados contra autoridades públicas.
O anúncio ocorre após vir à tona que o parlamentar e ex-juiz era um dos alvos de uma quadrilha que planejava realizar ataques contra políticos, promotores e outros servidores públicos.
— Vou fazer um pronunciamento hoje às 16h no senado Federal. Vou apresentar um projeto de lei que aumenta o rigor e traz medidas contra o crime organizado — disse Moro em entrevista a Globo News. — Se o crime organizado vem pra cima da sociedade nós temos que reagir. Não podemos ficar passivos.
O parlamentar afirmou que entre as propostas que constam no projeto estão medidas que visam aumentar a segurança de magistrados, promotores e policiais envolvidos no combate ao crime. Além disso, vai propor uma alteração legislativa para que o ato de planejar ataques contra autoridades também seja enquadrado como um crime específico.
— Estamos prevendo a criação de crimes específicos para punir esses atos de planejamento de atentados contra autoridades públicas. Como nós vimos hoje, a polícia agiu, mas a legislação atual não criminaliza o planejamento, e sim a associação criminosa. Nós vamos suprir essa lacuna — prometeu.
Moro afirmou ainda na entrevista a Globo News que o episódio não deve ser “politizado” e disse esperar que a base do governo do presidente Lula (PT) no Congresso Nacional também apoie sua iniciativa.
— Não podemos deixar que a politização e a polarização comprometam essa batalha. Por isso que vou apresentar esse projeto no Senado e espero que tenha apoio suprapartidário. Isso não tem nada a ver com PT, PL, Bolsonaro, Lula, ou quem quer que seja. Nós temos que defender a sociedade do crime organizado.
Moro seria um dos alvos da ação planejada por um grupo criminoso que pretendia realizar ataques contra servidores públicos e autoridades. Nesta quarta, a PF realiza uma operação para cumprir 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária contra os suspeitos. Entre as ações, os suspeitos pretendiam inclusive homicídios e extorsão mediante sequestro.
Veja também
Ditadura
“História sombria da ditadura deve ser contada”, diz Silvio Almeida
Plano criminoso