Desemprego volta a crescer em fevereiro e atinge 8,6%

A taxa de desemprego voltou a subir no trimestre encerrado em fevereiro e atingiu 8,6%. É uma alta de 0,5 ponto percentual na comparação com os três meses anteriores, que servem de base de comparação. Também é maior que o índice registrado em janeiro, de 8,4%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (31) pelo IBGE.


O número de desocupados cresceu 5,5% e chegou a 9,2 milhões de pessoas


A queda ocorre após seis trimestres de quedas significativas seguidas


Nenhum segmento econômico teve abertura de vagas


O rendimento médio real foi estimado em R$ 2.853 e ficou estável frente ao trimestre encerrado em novembro.




 


Também houve queda no número de ocupados, de 1,6%. O trimestre fechou com retração de 1,6 milhão de pessoas no mercado de trabalho frente ao trimestre anterior. Com isso, o nível de ocupação, percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, chegou a 56,4%, queda de 1 ponto percentual na mesma comparação.


“A população ocupada tem um comportamento que é o inverso da trajetória da população desocupada. Nos primeiros meses do ano, há um movimento praticamente conjugado, de retração da população ocupada e a expansão da desocupação. Isso é ligado tanto às dispensas dos trabalhadores temporários que costumam ser contratados no fim do ano quanto à maior pressão do mercado de trabalho após o período de festas”, diz a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.


Emprego informal recua e com carteira fica estável

Entre as categorias que mais perderam postos de trabalho no período estão o empregado sem carteira no setor público (-14,6% ou menos 457 mil), o empregado sem carteira assinada no setor privado (-2,6% ou menos 349 mil pessoas) e o trabalhador por conta própria com CNPJ (-4,8% ou menos 330 mil).


O número de empregados com carteira assinada no setor privado ficou estável após seis trimestres consecutivos de crescimento significativo.


O rendimento médio real foi estimado em R$ 2.853 e ficou estável frente ao trimestre encerrado em novembro. Houve aumento apenas nos setores de Alojamento e alimentação (6,0%, ou mais R$ 107) e Serviços domésticos (2,6%, ou mais R$ 28). Os outros ficaram estáveis.


A massa de rendimento também ficou estável frente ao trimestre anterior. Ela foi estimada em R$ 275,5 bilhões, crescendo 11,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

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