CPI das Americanas deve ouvir ex-presidente que denunciou rombo bilionário

A CPI da Americanas na Câmara dos Deputados deve ouvir o ex-presidente da companhia Sérgio Rial na segunda quinzena de agosto. O executivo ficou nove dias no cargo em janeiro deste ano e decidiu renunciar após descobrir um rombo bilionário na varejista, estimado incialmente em R$ 20 bilhões. Na semana passada, a empresa informou ao mercado que o que ocorreu na empresa foi fraude e atribuiu a responsabilidade à diretoria que comandava a empresa antes da chegada de Rial.


O depoimento de Rial é considerado uma peça importante para a comissão parlamentar reconstituir as causas do escândalo financeiro. No início deste mês, o executivo se tornou réu em um processo administrativo da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), xerife do mercado financeiro. Ele é acusado de não ter feito um esclarecimento do rombo na Americanas acessível aos investidores.




O escândalo foi divulgado ao mercado em um fato relevante no dia 11 de janeiro. Na manhã seguinte, Rial falou sobre o assunto por meio de uma teleconferência com o banco BTG Pactual, que tinha R$ 3,5 bilhões a receber das Americanas. A reunião teve uma participação reduzida de pessoas. O executivo nega qualquer irregularidade.


Rial foi convidado a assumir o comando da Americanas por um dos controladores da empresa e contou com a chancela do conselho de administração da companhia. A missão do executivo era acelerar a modernização da varejista, seguindo a receita que usou durante a sua gestão no banco Santander. Antes de assumir a nova função, ele chegou a fazer posts sobre os seus planos para a empresa. Depois de tomar posse, foi informado sobre as inconsistências contábeis — e decidiu renunciar ao cargo.


Ex-diretores na mira

Os próximos depoimentos ocorrerão apenas na primeira semana de julho. Os deputados vão ouvir um dos ex-diretores da empresa. Há requerimento para convocação de ao menos nove executivos. O nome ainda não foi definido.


Depois de ouvir os ex-diretores, a CPI pretende ouvir representantes de grandes auditorias como KPMG e PwC para esclarecer se houve conivência com o esquema de fraude investigado pela comissão.


Já foram aprovadas quebras de sigilo dos ex-diretores da Americanas. Os documentos secretos serão analisados pelos deputados em reuniões fechadas.

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