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Não é exclusividade dos times brasileiros a reclamação de ceder seus jogadores para as seleções nas datas Fifa. Na Europa, porém, o motivo é outro. Por lá, nenhum clube será desfalcado por causa de jogos oficiais entre nações, uma vez que os campeonatos são paralisados. O questionamento é a obrigatoriedade da liberação dos atletas ainda em recuperação e o maior desgaste causado pelo calendário deste ano apertado em função da pandemia, com seguidas partidas das eliminatórias da Copa do Mundo e torneios continentais.
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Este ano, por exemplo, as eliminatórias da América do Sul tiveram 11 dias de Data Fifa em setembro e outubro para compensar os jogos adiados em março por causa da Covid-19.
Na janela de novembro, três clubes já levantaram a questão: Paris Saint Germain, Real Madrid e Barcelona, por causa de Messi, Paredes, Bale e Ansu Fati, respectivamente. Quem mais levantou a voz foi o PSG, inconformado com a convocação de seus dois jogadores argentinos apesar de ambos estarem se recuperando de lesão.
Tanto Messi quanto Paredes ainda se recuperam de lesões sofridas justamente nos seus compromissos pela seleção. O capitão da Argentina ainda sente dores no joelho – e tem sido poupado de alguns jogos do PSG – de uma entrada dura recebida em setembro, na partida contra a Venezuela. Já Paredes teve uma lesão muscular na última rodada das eliminatórias em outubro. Desde então, ele ainda nçao voltou a campo pelo time francês. Ambos, no entanto, se apresentaram em Buenos Aires na segunda-feira para a preparação dos confrontos com Uruguai, em Montevidéu, e Brasil, em San Juan.
A convocação revoltou Leonardo, diretor de futebol do PSG. Ele tentou a liberação dos jogadores junto a Fifa, mas de nada adiantaram seus argumentos.
“Messi passa mais tempo em Buenos Aires do que em Paris. Vai e volta e agora tem problemas musculares. Não estamos de acordo em liberar um jogador que não se encontra bem ou que está em fase de reabilitação. Não há lógica alguma e esses tipos de situações merecem ser definidas por uma norma da Fifa”, disse Leonardo em entrevista à imprensa francesa.
O argumento de que os salários são pagos pelos clubes, que acabam tendo prejuízos ao receberem de volta jogadores machucados não adianta. A regra da Fifa diz que os clubes são obrigados a liberar seus jogadores às seleções caso sejam convocados por seus países, e é proibido qualquer acordo diferente entre o jogador e o clube. No caso de jogadores machucados, o regulamento afirma que “um jogador que, devido à lesão ou doença, não possa comparecer à convocação da confederação do seu país, deverá, se a confederação solicitar, ser submetido a um exame médico realizado por um médico da confederação”. Se o clube não ceder o jogador por lesão, ele não poderá ser escalado durante todo o período da Data Fifa.
Gareth Bale, do Real Madrid, está na mesma situação. O atacante do País de Gales machucou o joelho em setembro durante jogo contra a Letônia. Até agora ainda não voltou a campo pelo time merengue, mas foi novamente chamado pela seleção galesa para os compromissos deste mês. A expectativa da comissão técnica do clube é que o jogador, que está praticamente recuperado, não seja escalado caso não esteja totalmente bem.
Ansu Fati, do Barcelona, acabou cortado esta semana da seleção após se machucar no Espanhol. Antes mesmo desse fato, o técnico Luis Henrique já anunciara que teria cuidado com o jovem por causa da temporada sobrecarregada. Tudo para evitar o que aconteceu com Pedri, meio-campo do clube catalão, que atuou nos Jogos Olímpicos depois de disputar a Euro e as partidas do time espanhol. Atualmente, ele está machucado e desfalca as duas equipes. A Espanha enfrentará Grécia e Suécia em busca da vaga na Copa do Mundo do Qatar.