Tebet e Marcio Pochmann têm primeira reunião após indicação do economista ao IBGE

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o economista Marcio Pochmann, indicado para a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), reuniram-se na tarde desta segunda-feira (31), em São Paulo. Foi a primeira reunião dos dois desde a indicação dele ao IBGE.


De acordo com a assessoria de Tebet, os dois debateram preocupações comuns “sobre a acelerada mudança demográfica brasileira revelada pelo Censo 2022 e os desafios que ela impõe para o futuro do Brasil”.


“Também discutiram uma agenda inicial de trabalho para o IBGE, que passa pela escuta dos funcionários do órgão”, acrescenta a assessoria.


A data da posse de Pochmann será marcada para depois da divulgação do censo indígena, que ocorre dia 7 de agosto, em Belém.




O IBGE é vinculado ao Ministério do Planejamento, mas a escolha de Pochmann foi feita diretamente por Lula. Ao comentar o assunto, ela disse que vai acatar qualquer decisão do presidente Lula.


— Quero deixar muito claro que já havia um consenso dentro do meu ministério e dentro do Palácio de que nós faríamos, no momento oportuno, a troca do presidente do IBGE. Também fui avisada, já não é de agora, de alguns dias, que o Presidente da República teria um nome, e gostaria de fazer uma escolha pessoal em relação à presidência do IBGE. Naquele momento, não perguntei por nomes e muito menos o faria, porque acho mais do que justo esse pedido. Nada mais justo, óbvio, de atender o presidente Lula, independente do nome que ele apresentaria, que ele ainda não havia me apresentado — disse a ministra na quarta-feira.


O IBGE é uma das principais fontes de estatísticas oficiais do Brasil, como indicadores econômicos, demográficos e sociais, que servem de base para a elaboração de políticas públicas. O instituto é responsável, por exemplo, pelo Censo Demográfico.


Quem é Marcio Pochmann?

Pochmann é formado em ciências econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e, em 1993, tornou-se doutor pela Unicamp. Em 2000, conquistou título de livre docente e, em 2014, assumiu uma vaga de professor titular, sempre na mesma universidade. O economista, de 61 anos, se aposentou na Unicamp em 2020, mas seguiu como professor colaborador.


Na política, Pochmann já foi candidato a prefeito de Campinas (SP), pelo PT.

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