A frase da filósofa norte-americana Angela Davis é um verdadeiro soco no estômago da humanidade, que ainda insiste em ter comportamentos da Idade Média. Ela foi cirúrgica, pois os casos de racismo insistem em acontecer diariamente no Brasil e no mundo, sem que, muitas vezes, os culpados sejam realmente punidos. E no futebol não é diferente.
Em agosto deste ano, o meia-atacante do Londrina Celsinho acusou um integrante da diretoria do Brusque de cometer um crime de injúria racial durante a partida. Mas ao tentar se defender num comunicado, o time do ‘Véi da Havan’ não conseguiu esconder o quanto realmente é racista.
Segundo o documento de defesa, o clube disse que não permite esse tipo de comportamento e que não cometeu o crime de injúria racial, pois não chamou o atleta de macaco, e sim de “cabelo de cachopa de abelha”. Meu Deus do céu! Que absurdo! Se isso não é racismo, o que é então pra esse povo?!
Pois bem, o Brusque perdeu três pontos na tabela de classificação da Segundona, mas, na semana que passou, em pleno mês da Consciência Negra, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) definiu que a equipe catarinense teria de volta os pontos perdidos. E ficou por isso mesmo.
Então, se alguém perguntar aos membros do STJD se há algum racista no tribunal, tenho certeza que todos afirmarão que não. Ou seja, o que Angela Davis diz está corretíssimo. Afinal, se atitudes antirracistas não forem tomadas, casos assim vão continuar se repetindo inúmeras vezes. Não podemos apenas lavar as mãos, temos que agir. E isso é pra ontem!