Saiba quem é Eduardo Imperador, sócio de empresa alvo da PF em operação que mira irmã de ministro

Apontado como sócio oculto da empresa Construservice, alvo da operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira, o empresário Eduardo Costa Barros, mais conhecido como “Imperador” ou “DP”, chegou a passar quatro dias atrás das grades após uma fase anterior da mesma investigação, em julho do ano passado. De acordo com a PF, ele comandaria um esquema de lavagem de dinheiro a partir do desvio de verba em licitações de obras de pavimentação.


O empresário maranhense tem 48 anos e é de Dom Pedro, município a 322 km da capital. Ele foi preso em 20 de julho de 2022 e liberado por ordem da Justiça Federal, no dia 25 do mesmo mês. Ele é suspeito de ser sócio oculto da empreiteira Construservice, que firmou uma série de contratos com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Também se trata da segunda empresa que mais fechou contratos com o governo federal na gestão de Jair Bolsonaro (PL). O empresário chegou a ter encontros oficiais com o ex-presidente.

Na prática, segundo a PF, o grupo criava empresas de fachada e simulava competições durante as licitações, com o propósito de fazer com que a empresa vencedora fosse sempre a de Eduardo.

Antes desta investigação, Eduardo chegou a ser preso outras duas vezes em 2015, acusado de integrar esquemas de lavagem de dinheiro com o mesmo mecanismo. Em uma dessas ocasiões, R$ 5 milhões foram encontrados em uma de suas contas, valor que teria sido transferido, sem justificativa, pela Prefeitura de Dom Pedro. Ele também foi acusado de envolvimento em esquemas de agiotagem na cidade de Bacabal.

Além da carreira corporativa, o empresário tentou voos políticos em 2016, quando se candidatou como vereador em sua cidade natal. A empreitada foi pelo PROS, mas, usando uma selfie como foto de urna, ele não obteve nenhum voto.


A mãe do empresário, Maria Arlene Barros, foi prefeita de Dom Pedro entre 2009 e 2012. Nas eleições de 2012, ela tentou se reeleger, mas não obteve êxito. Em 2015, ficou temporariamente presa após ter se tornado alvo da PF na Operação Imperador, da qual Eduardo também foi alvo. Ela foi acusada de ter desviado mais de R$ 5 milhões da prefeitura em esquemas de agiotagem para fraudar licitações na cidade.

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