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O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou na noite desta terça-feira (5) que a reforma administrativa e nenhuma outra medida de corte de gastos é pauta prioritária para o governo Lula.
— Isso não é pauta do governo. Essa reforma, o que tava proposto, nem o Bolsonaro queria enviar. É uma espécie de alma penada que perambula pela Câmara. Nós acabamos de votar o regime fiscal, para que reforma administrativa? Ele tem o direito de defender (Lira) e eu tenho o direito de ser contra. A reforma administrativa não é pauta prioritária para o governo nem para o país. O governo não tratou desse tema com Lira — afirmou.
Já a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, foi a uma rede social para criticar a reforma, que foi defendida pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto:
“Agora você (Campos Neto) vem com a cantilena da reforma administrativa. Mais uma vez o mercado financeiro querendo impor a sua pauta como se conhecesse a realidade brasileira. Até aqui erraram todas as previsões. É muita arrogância e prepotência”, disse Hoffmann.
Guimarães, porém, diz que não conversou com o ministro da Fazenda, Fernanda Haddad, sobre a reforma, nem a possibilidade de pautar um projeto de supersalários. Questionado se nenhuma outra medida de redução de gastos seria pauta do governo, o líder disse são “interesses da Faria Lima”.
— Já que o mercado está falando que tem que ter corte de gastos, vamos perguntar à população. Cortar gastos onde? No Bolsa Família, salário mínimo? Virou um discurso sem nexo com a realidade. Estamos muito bem obrigado sem penalizar os servidores do país. Vai levar em conta só os interesses da Faria Lima? Tem que levar em conta os interesses do país — disse.
Cerca de 25 frentes parlamentares publicaram cartas de apoio à reforma administrativa, o que deu força para o presidente da Arthur Lira (PP-AL) defender a retomada da proposta na Casa.
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