O que é preciso para preparar o filho para uma faculdade de elite? Ter US$ 750 mil no bolso

Um cheque de US$ 750 mil. Este é o preço que bilionários americanos pagam pelo aconselhamento para que seus filhos conquistem uma vaga na cobiçada Ivy League, que reúne oito universidades de elite nos Estados Unidos. Muitos buscam a consultoria de Christopher Rim, da Command Education, com sede em Nova York, segundo reportagem da Bloomberg.


Para aqueles que podem pagar essa quantia, Rim e sua equipe oferecem uma espécie de serviço de concierge, com mentores que vão preparar desde um aluno superdotado a estimular aquele mais preguiçoso, além de aprimorar os currículos com atividades extracurriculares para que se torne brilhante.

A preparação para a faculdade começa cedo, na 7ª série do ensino médio, e o valor cobrado é mais do que o dobro do que de fato pode custar frequentar uma dessas universidades.

A Bloomberg lembra que as universidades de elite nos EUA estão há muito tempo repleta de filhos de milionários. No caso de Harvard, por exemplo, menos de 3% dos estudantes que se candidataram a uma vaga conseguiram em de fato entrar para a instituição, situada perto de Boston.

Assim, os superrricos estão dobrando os gastos nesta estratégia. Ao mesmo tempo, uma nova onda de serviços de consultoria universitária de luxo garante a seus clientes que vão conseguir ingressar em uma das universidades de seu sonho.

Não é de hoje que pais ricos tentam pagar por todo tipo de vantagem para seus filhos, e essa nova classe de consultores é mais uma prova de até onde essas pessoas podem chegar para ter acesso a instituições de elite.

Segundo Rim, de 28 anos, dinheiro não é problema para esses milionários e suas famílias.

– Se eles não conseguirem um emprego ou frequentarem a faculdade, viverão melhor do que a maioria das pessoas. O que fazemos é motivar os alunos que possuem todos esses recursos – afirmou o consultor em entrevista à Bloomberg.


Pacotes com valores que podem chegar a seis dígitos podem começar a preparar os alunos antes mesmo de entraram para o high school, que equivale ao ensino médio no Brasil.

Nos últimos anos, o processo de inscrição para uma faculdade americana ficou ainda mais confuso, à medida que as taxas de aceitação despencaram e os pais buscam lançar mão de qualquer artifício que possam dar uma vantagem a seus filhos na corrida por uma vaga.

E, diz a Bloomberg, mesmo enquanto milhões de pessoas lutam com dívidas estudantis e cresce o debate sobre o custo de ingressar numa faculdade, ser aceito em uma legítima Ivy- ou em qualquer outra universidade de primeira linha – continua sendo um símbolo de status para estudantes ricos e suas famílias.

Um exemplo disso, contou Rim, é que um pai da Trinity School de Nova York – que custa R$ 64 mil por ano e que muitos de seus alunos acabam entrando na Ivy League – lhe ofereceu certa vez US$ 1,5 milhão se ele concordasse em não prestar consultoria para nenhum colega de classe de seu filho. Rim disse que recusou a proposta.

Estudo de um grupo de economistas de Harvard divulgado em julho mostrou que crianças de famílias 1% mais ricas tinham 43% mais chances de serem admitidas do que estudantes de classe média. E o 0,1% mais ricos tinham duas vezes mais chances de serem aprovadas.

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