A morte do escritor bolsonarista Olavo de Carvalho na madrugada desta terça-feira (25) repercutiu na imprensa internacional. Jornais estrangeiro se referiram ao ideólogo como ‘controverso’ e ‘negacionista’. Olavo de Carvalho morreu aos 74 anos, cerca de uma semana após ser diagnosticado com Covid-19.
No britânico “The Guardian”, Olavo foi chamado de ‘negacionista do coronavirus’ e mentor do presidente Bolsonaro e da direita radical brasileira. A reportagem apontou momentos em que o escritor criticou as tentativas de conter a pandemia.
Já a agência de notícias Associated Press se referiu a Olavo de Carvalho como um “divisivo filósofo brasileiro de direita” e um “provocador”. A reportagem chama atenção para a tendência do escritor de divulgar teorias da conspiração, como quando questionou se a terra é plana.
O texto também aponta sua evolução de uma figura “marginal” para alguém com influência no governo federal, tendo supostamente indicado ministros nos primeiros meses do governo Bolsonaro.
A “Reuters” ressaltou a postura anticomunista de Olavo e sua crença em grandes conspirações globais, que envolveriam o bilionário George Soros, o Facebook e a China. A agência de notícias apontou também as críticas recentes feitas pelo escritor ao presidente Jair Bolsonaro, após a aproximação de seu governo com o Centrão.
A “Bloomberg” referiu-se a Olavo de Carvalho como um ‘controverso cruzado da extrema-direita’, e chamou atenção da sua perda de influência no governo Bolsonaro.
No jornal francês “Libération”, Olavo de Carvalho é apontado como tendo contribuído para ascensão de Jair Bolsonaro, de quem seria um “mestre espiritual”. Segundo o jornal, ele era conhecido por seu anticomunismo e ideais conspiratórias. De acordo com o alemão “Express”, os livros e cursos online do ideólogo bolsonarista ajudaram a direita brasileira nas eleições de 2018.