‘Desglobalização’: Indústrias brasileiras nacionalizam a produção para driblar a crise do frete

A guerra na Ucrânia reforçou ainda mais essa espécie de “desglobalização” nos planos estratégicos das empresas com a disparada dos preços do frete internacional e dos combustíveis. Trata-se de uma nova tendência de substituição de importações na indústria que começou pelas fabricantes de eletroeletrônicos e já alcança outros setores.


A ideia agora é ter fornecedores e consumidores o mais perto possível. É o caso da fabricante brasileira de eletrodomésticos Mondial, que começou a elevar paulatinamente o seu índice de produção local quando, no início da pandemia, em 2020, o fluxo global de mercadorias deu um nó.


Cafeteiras, fritadeiras e sanduicheiras estão entre os produtos da empresa que foram nacionalizados para depender menos de itens estrangeiros e ampliar mercados na América do Sul. Além da compra de novas máquinas, a Mondial investe R$ 129 milhões na ampliação de fábricas no Amazonas e na Bahia.




— A crise atual é um ingrediente acelerador. A China desindustrializou o mundo todo. Agora, estamos em um movimento contrário. Os países começaram a perceber os malefícios dessa dependência. Sabemos que os preços elevados (do frete) não vão se normalizar tão cedo. Por isso, trabalhamos com estoques acima da média — diz Giovanni Cardoso, cofundador da empresa.


A Mondial não é um caso isolado. Outros líderes empresariais  apontam a crise atual como uma oportunidade para a indústria brasileira recuperar terreno, o que significa ampliação de produção e mais empregos. Veja outras histórias de empresas industriais brasileiras seguindo o mesmo caminho.

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