Nikolas Ferreira denuncia Duda Salabert por suposto mau uso de fundo eleitoral nas eleições em BH

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) denunciou nesta quinta-feira a também parlamentar Duda Salabert (PDT) por supostas irregularidades no uso do fundo eleitoral durante a corrida pela prefeitura de Belo Horizonte. Em documento apresentado à Polícia Federal, Nikolas alega que Duda teria usado recursos públicos da campanha para pagar ex-assessores.


“A deputada adotou como modus operandi a transferência de recursos eleitorais a empresas registradas em nome de seus ex-assessores parlamentares que, na véspera do período eleitoral, deixavam suas funções no gabinete para constituírem empresas que, logo depois, recebiam quantias milionárias de recursos públicos”, diz o deputado em trecho.

A notícia crime afirma que Duda teria pagado R$ 6,19 milhões a empresas ligadas a dois ex-assessores. Um desses casos foi divulgado pelo portal Metrópoles: a empresa de seu marqueteiro, Vitor Colares, recebeu R$ 5 milhões do fundo, dos R$ 8,5 milhões gastos pela parlamentar em todo o período eleitoral.

Procurada pelo GLOBO, Duda negou qualquer irregularidade e disse ter seguido o trâmite de legal de exonerar seus funcionários para que eles pudessem auxiliá-la na campanha.

“Quem deve explicação à Polícia Federal é o próprio Nikolas , que destinou milhões de reais do dinheiro público para a cidade onde o tio dele era candidato. Sobre a nossa candidatura, não houve ilegalidade nem imoralidade em nenhuma contratação de nossa campanha. As contas foram prestadas no prazo legal correto e sem nenhum problema”, disse a deputada.

Guerra judicial

Desde quando eram vereadores de Belo Horizonte, Nikolas Ferreira e Duda Salabert são adversários políticos e já protagonizaram verdadeiras guerras judiciais. Em dezembro passado, o deputado foi condenado em segunda instância por transfobia.

 

Em 2020, o bolsonarista deu uma entrevista na qual se referiu a Salabert com pronomes masculinos. Por este motivo, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) manteve a condenação, por unanimidade, e reduziu a indenização de R$ 80 mil para o valor de R$ 30 mil.

 

No Dia Internacional da Mulher, também no ano passado, Nikolas subiu à tribuna e fez um discurso, de peruca, em que se dizia se sentir a mulher. O episódio gerou quatro queixas-crimes no Supremo Tribunal Federal (STF). As ações foram rejeitadas pela Corte.

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