Brasil afirma que carne bovina exportada para UE não representa ‘risco’ aos consumidores

A carne bovina exportada pelo Brasil para a União Europeia não contém o hormônio estradiol, cumpre as normas do bloco e não representa “risco”, afirmou nesta sexta-feira (15) a representação do país junto à UE.


“Desde 2011, nenhuma substância com atividades hormonais anabólicas que estimulem o crescimento e o aumento de peso [nos animais] é permitida no Brasil”, disse a embaixada em comunicado.


Segundo o texto, o único uso permitido do estradiol no Brasil é para o tratamento da fertilidade de novilhas, que depois passam por um período de carência antes de serem abatidas para consumo, “de forma que não reste resíduo na carne”.


“Para garantir o cumprimento das normas da UE sobre o estradiol, o Brasil conta com um sistema segregado desde 2018”, acrescenta o comunicado da representação diplomática.

 




“As exportações de carne brasileira para a UE são seguras e de alta qualidade, cumprindo todos os requisitos da UE (…) O Brasil exporta produtos cárneos para mais de 150 países porque possui um dos melhores sistemas de segurança alimentar do mundo”, completou.


Por isso, “não há risco para os consumidores europeus”.


O Brasil interrompeu temporariamente neste ano a exportação de carne de novilhas para a UE e limitou os envios à carne de gado bovino macho.


Esta interrupção, inicialmente prevista para durar 12 meses, permanecerá até que seja implementado um sistema de “certificação por terceiros”, informou a representação brasileira à AFP.


A Direção Geral de Saúde e Segurança Alimentar da Comissão Europeia enviou uma equipe em maio deste ano para uma auditoria que apontou “deficiências” na rastreabilidade de novilhas que receberam tratamento com estradiol.


A UE proíbe o uso de hormônios, incluindo o estradiol, para estimular o crescimento de animais de pecuária.

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