Chega ao final uma das estações mais arrasadoras de furacões no Atlântico

Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News

Terminou no sábado (3) a estação anual de furacões no Atlântico. neste ano, as 18 tempestades que atravessaram a região deixaram um rastro de destruição, devastação, ferimentos e mortes além de perdas econômicas massivas.

Três deles foram mais destrutivos com ventos de até 178 quilômetros por hora. O Beryl atingiu a categoria 5 na escala Saffir-Simpson e levou grandes danos ao Caribe, enquanto Helene e Milton causaram perdas catastróficas aos Estados Unidos.

Eventos cada vez mais extremos de temperatura

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) afirma que esta é a nona estação consecutiva com atividades acima da média. Geralmente, existem 14 tempestades que recebem nomes, sete furacões e três grandes furacões desde o início da estação em todo 1º de junho.

Imagem de satélite mostra o furacão Beryl em 2011 (Foto: getarchive.net)

A secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, acredita que os movimentos atípicos, ano após ano, são resultado de eventos de temperatura cada vez mais extremos incluindo a rápida intensificação de ciclones tropicais, chuvas e enchentes.

Em 2024, o furacão Beryl, de categoria 5, e o que mais cedo cruzou o Atlântico segundo os registros, causou destruição através do Caribe. Mas fez menos mortes se comparado a outros em anos anteriores. Beryl chegou aos Estados Unidos no início de julho.

Dados preliminares indicam que o Helene foi o mais mortal a afetar a parte continental dos Estados Unidos desde o furacão Katrina, em 2005. Foram mais de 150 mortes diretas e a maioria ocorreu nos estados da Carolina do Sul e do Norte.

Alertas precoces têm ajudado a reduzir número de mortes

Para a OMM, a diferença também foram avanços no trabalho de alertas precoces dos países da região.

Entre 1970 e 2021, os furacões eram a maior causa de perdas de vidas e econômicas em todo o mundo, com mais de 2 mil desastres.

O número de mortes tem descido de 350 mil nos anos 70 para menos de 20 mil entre 2010 e 2019. Já as perdas econômicas na última década foram de US$ 573,2 bilhões.

Os alertas precoces têm ajudado, dramaticamente, a reduzir as mortes, mas as perdas financeiras permanecem.

Somente nos Estados Unidos, quatro furacões levaram a um prejuízo de mais de US$ 1 bilhão este ano.

Já os Pequenos Estados-Ilhas em Desenvolvimento no Caribe são os que mais sofrem desproporcionalmente. 


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