A Polícia Federal (PF) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal ( STF), o compartilhamento de provas da investigação que apura um suposto golpe de Estado com a apuração sobre a suspeita de uma estrutura paralela montada na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
De acordo com a PF, o compartilhamento é necessário porque a investigação identificou a participação de servidores da Abin “que atuaram com a finalidade de disseminar informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro e assessorar o então presidente Jair Bolsonaro com estratégias de ataques às instituições democráticas, ao Poder Judiciário e seus respectivos membros”.
A corporação também pediu que os dados sejam enviados para uma investigação disciplinar interna da própria PF, já que também foi apontada a participação de policiais federais.
A investigação sobre a trama golpista foi concluída há duas semanas, com o indiciamento de 37 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Já a apuração sobre a Abin ainda está em andamento, mas há a expectativa de que seja concluída ainda neste ano.
Na semana passada, Moraes já compartilhou a investigação com outros dois inquéritos, conhecidos como das fake news e das milícias digitais. Essa medida atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). O ministro também é o relator desses outros dois casos, assim como da apuração sobre a Abin.
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