Petróleo fecha em baixa, pressionado por perspectivas de excesso de oferta no mercado

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta terça-feira, 17,, pressionados pelas perspectivas para a demanda Analistas veem um mercado potencialmente com excesso de oferta no próximo ano, apontando a desaceleração do consumo na China como um dos grandes fatores.

Neste sentido, as tensões geopolíticas seguem observadas, e relatos de um eventual cessar-fogo entre Hamas e Israel ganharam destaque ao longo do dia, ainda que nenhum avanço concreto tenha sido divulgado pelas partes.


Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para janeiro fechou em baixa de 0,89% (US$ 0,63), a US$ 70,08 o barril, enquanto o Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,97% (US$ 0,72), a US$ 73,19 o barril.




“Estamos passando de uma época de escassez de energia para uma época de abundância de energia”, avalia o CEO e fundador da Rystad Energy, Jarand Rystad.

“As adições de capacidade tanto em combustíveis fósseis como em energias renováveis ultrapassarão os aumentos na demanda no próximo ano. Da mesma forma, face a um mercado petrolífero com excesso de oferta, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) poderá ter de prolongar os seus cortes de produção até 2025 para proteger os preços. A era em que a China impulsionava o crescimento do consumo de petróleo acabou, com o pico do diesel no país no espelho retrovisor, e a procura de gasolina estagnando, tal como acontece a nível mundial”, avalia.


Segundo o escritório chinês de estatísticas (NBS, na sigla em inglês), o nível de processamento de petróleo na China até novembro foi 1,8% menor que no mesmo período do ano passado. Com base em dados mensais, a queda chega a ser de 4%.

“É, portanto, muito provável que o processamento de petróleo bruto na China registre um declínio anual pela segunda vez. Há dois anos, isso ocorreu devido aos bloqueios do coronavírus. Desta vez, o declínio é de natureza estrutural”, aponta o Commerzbank.


A Eurásia aponta que os preços do petróleo provavelmente vão terminar 2024 tal como o iniciaram, com uma perspectiva de baixa da demanda dominando, apesar dos elevados riscos geopolíticos para a oferta decorrentes dos conflitos em curso no Oriente Médio e na Ucrânia.

“Na verdade, em meados de dezembro, a curva de preços futuros do Brent parece quase idêntica à do início do ano: os preços até dezembro de 2029 estão dentro de US$ 0,10 por barril de onde estavam no primeiro dia de negociação de o ano”, destaca.

Veja também

Relator retira do PL da Dívida dos Estados artigo que garante execução provisória do Orçamento

DÍVIDA

Relator retira do PL da Dívida dos Estados artigo que garante execução provisória do Orçamento

Câmara aprova projeto que estabelece tributação mínima de 15% sobre lucro de multinacionais

Câmara dos Deputados

Câmara aprova projeto que estabelece tributação mínima de 15% sobre lucro de multinacionais


Waiting..