De olho no Governo do Rio de Janeiro em 2026, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), cometeu um tremendo equívoco que pode comprometer seu projeto, ao nomear o deputado Chiquinho Brazão (sem partido) para o seu primeiro escalão.
Antes de ser apontado como mandante da morte da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do seu motorista Anderson Gomes, assassinados em 2018, Chiquinho comandava a Secretaria Especial de Ação Comunitária. O congressista foi exonerado –expressão própria do serviço público para desligamentos– do cargo assim que seu nome e o do irmão, Domingos Brazão, passaram a ser citados no caso.
“Foi um erro da minha parte colocar no governo uma pessoa que tinha suspeita no caso. É óbvio que posso aqui ter todas as desculpas do mundo, foram 6 anos [de investigação] e todo mundo já tinha sido acusado de tudo, mas errei. O mais importante quando se erra é consertar o erro”, disse Paes durante inauguração do BRT Transbrasil, no Rio.
O prefeito afirmou que as alianças políticas devem ter limite. “Acho que fiz uma avaliação equivocada. A gente governa a cidade com os melhores quadros e meu governo vai continuar dando demonstração de que não tem conivência com nenhum tipo de irregularidade”, disse.
Esta foi a primeira vez que Paes se pronunciou sobre a prisão dos irmãos Brazão, suspeitos de serem mandantes do assassinato da vereadora.
DEMISSÃO DE 8 FUNCIONÁRIOS
O prefeito do Rio demitiu, em 26 de março, 8 funcionários da secretaria comandada até fevereiro por Chiquinho Brazão. O deputado deixou o cargo assim que seu nome começou a circular como suposto envolvido no crime de Marielle. Em nota, a prefeitura afirmou que reformulará os quadros da secretaria.
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