Agenda TGI: Francisco Cunha projeta cenários econômicos em PE e no Brasil para 2022

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A Agenda TGI, tradicional evento que já faz parte do calendário da cidade, trouxe, este ano, o tema “O futuro pós-eleições” e reuniu, na noite desta terça (22) o empresariado pernambucano no Teatro RioMar, trazendo uma projeção do cenário político e econômico de 2023. O evento foi comandado pelo consultor e sócio da TGI, Francisco Cunha, e contou com a participação de Fábio Menezes, sócio da TGI. 


Durante o evento, Francisco Cunha explica os cenários em âmbito nacional e local. No caso do Brasil, Cunha pontua: “Nós temos uma nova negociação que está em curso para poder ajustar o orçamento e a gente ter mínimas condições de o governo no próximo ano ter uma atuação que seja minimamente adequada”. A grande preocupação, no cenário nacional, é o salto da dívida pública em relação ao PIB. 

Continuando no cenário nacional, o consultor diz que o valor de R$ 200 bilhões da chamada PEC de Transição, da equipe de transição de governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, foi colocado para negociar e chegar em algum acordo. “Já têm várias PECs paralelas, que falam em R$ 85 bilhões e R$ 70 bilhões, isso é uma grande negociação para permitir que no próximo ano a questão da responsabilidade, e isso é muito importante durante essa transição que ficou evidente, por proposta  do presidente eleito Lula, que trouxe a cena a responsabilidade social enquanto só se falava em responsabilidade fiscal”. 

“Com esse debate, o que chegamos a conclusão ao fim das conversas e discussões, é que não existe responsabilidade social sem responsabilidade fiscal, e vice-versa. E isso é novo no debate nacional e está colocado para a opinião pública. Vai ficar como marca dessa transição para mim, que uma coisa é igual a outra, não se consegue uma sem conseguir a outra”, conclui Francisco Cunha.

Já em Pernambuco, o consultor explica que o estado está em uma das melhores condições financeiras das últimas décadas para reiniciar um governo novo. A partir do dia 1º de janeiro de 2023, a governadora eleita Raquel Lyra (PSDB) assume o estado. 

“O que a gente observa é que foi feito um esforço fiscal que coincidiu com a pandemia, então no período de pandemia o Estado fez um esforço adicional de quitar dívidas e se preparar para contrair novos empréstimos. A dívida é considerada a menor dos últimos 50 anos, se não estou enganado. E com a capacidade da dívida aumentando, o próximo governador terá condições financeiras de fazer um governo adequado às demandas, que são muito grandes. Temos a notícia boa que do ponto de vista financeiro, o Estado fica em condições de fazer novos investimentos e contrair novos empréstimos”, explica.

A Agenda TGI 2022 aconteceu no Teatro RioMar

O sócio da TGI também pontua que o Recife precisa de atenção na questão de investimentos na urbanização. Francisco Cunha falou sobre a situação dramática de 2022, no período das chuvas. “O Recife teve recentemente, por conta dessas mudanças climáticas, uma das cidades mais atingidas no mundo por essas mudanças, tanto do ponto de vista de subida da água dos oceanos, quanto de precipitações, numa cidade que tem muita área de morro e argila. Ela fica muito suscetível a desestabilização quando tem chuva  e de como é feita a ocupação”. 


Cunha chamou atenção também para o anúncio do prefeito João Campos (PSB) sobre a autorização de um empréstimo no valor de R$ 1,5 bi, junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento, para investir nas áreas com população de riscos. “São mais de 30 comunidades que serão beneficiadas com esses recursos. Hoje, por conta de ser conselheiro da CEDES, fizemos uma visita à comunidade Irmã Doroty, na Imbiribeira, que será a primeira comunidade beneficiada com esses recursos, que é a urbanização principalmente, a regularização da posse de terra, que é muito positivo para nossa cidade. Temos uma perspectiva muito positiva, junto da tragédia de ter como equacionar e tratar ela de forma diferente e mais adequada a realidade dessas pessoas”, completa.

O alinhamento entre o governo do município e o governo nacional, para o consultor, é maior do que o ponto de vista partidário, do que com o estadual. Mas ele afirma que não acredita que vá se partir para qualquer tipo de disputa. “Pelo contrário, o Recife é quase metade da economia do Estado, então o que interessa é uma atuação articulada para o bem da população. Deve-se tentar todo trabalho conjunto que for possível fazer”, finaliza.

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