A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, publicou um artigo no jornal francês Le Monde nesta segunda-feira (31), em que aborda as diversas formas de violência perpetradas contra mulheres em contextos de guerra. De acordo com Janja, ao mesmo tempo em que são levadas a ter que lidar com a situação com normalidade, elas são vítimas de “diferentes tipos de violência causados pela guerra”, sobretudo aqueles “sistematicamente dirigidos contra os seus corpos”.
“Muitas delas conseguem, no seio das suas comunidades, dar um novo sentido à vida colectiva após os conflitos. Desempenham um papel unificador, tornando-se líderes activos na defesa dos direitos humanos e ambientais. Em contextos de violência, o trabalho destas mulheres permite garantir o acesso a direitos e serviços, inevitavelmente restringidos nos momentos mais trágicos”, afirma, no artigo.
Na publicação, Janja defende que a guerra é um “instrumento de perpetuação das desigualdades econômicas, sociais, raciais e de gênero”, apontando que, enquanto os homens decidem entrar em embates geopolíticos, quem sofre mais com essa dinâmica é a população mais vulnerável.
Ao Le Monde, a socióloga diz que, nesse contexto, as mulheres e meninas são “responsáveis pela defesa da dignidade das suas famílias e comunidades em situações de conflito”.
Veja também
Programa Escola em Tempo Integral
“Não se pode falar em meritocracia com educação desigual”, diz Lula
GOVERNO LULA