Após alta, Lula deve despachar de casa, em São Paulo, e retorno a Brasília dependerá de exame

Após receber alta hospitalar no domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve despachar pelos próximos dias de sua casa, em São Paulo. A previsão é que ele retorne a Brasília na quinta-feira, dependendo dos resultados de novos exames.


Lula recebeu alta seis dias após a cirurgia que realizou para conter um sangramento interno na cabeça, ainda em decorrência da queda que sofreu no banheiro da residência oficial do presidente, o Palácio do Alvorada, em outubro. Na ocasião, tinha acabado de cortar as unhas, como fez questão de esclarecer no evento, quando se desequilibrou do banco onde estava sentado.

 




— Eu não estava cortando a unha do pé, era a da mão. Não estava em pé, estava sentado. Já tinha cortado e lixado as minhas unhas. Quando fui guardar o estojo, em vez de levantar e abrir a gaveta, eu tentei afastar o meu bumbum do banco, que era redondo, e acabei caindo e batendo a cabeça na hidromassagem — relatou Lula após a alta.


O presidente afirmou que achava que estava “curado e podia fazer tudo” e, por isso, voltou a fazer esteira, musculação e outros exercícios físicos. Ele também viajou até o Uruguai para a cúpula do Mercosul e participou de uma homenagem a Janja de um grupo de advogados de São Paulo.


Após os eventos, Lula passou a sentir dores de cabeça, mas acreditou que tinha sido provocada pelo banho de piscina e exposição solar. Apenas na segunda, com a piora no quadro, chamou a médica ao seu gabinete e foi orientado a fazer exames.


— Eu fiquei um pouco assustado pelo volume de crescimento da quantidade de líquido na minha cabeça e com a urgência que eles pediram para me deslocar. Chegando aqui, nem sei quanto tempo eles demoraram para fazer a cirurgia — disse.


Anteriormente, a previsão era de que o petista fosse liberado na segunda ou terça-feira, mas, devido à estabilidade do caso, a equipe médica antecipou a alta. Ele estava internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, e ainda deve permanecer na cidade por mais alguns dias.


Cirurgia às pressas

Lula deu entrada no Hospital Sírio-Libanês de Brasília na noite de segunda-feira (9), após sentir fortes dores de cabeça. Após passar por exames, foi constatado uma hemorragia em um dos ferimentos causados pelo acidente doméstico que sofreu em outubro, e o petista precisou ser levado às pressas para São Paulo para drenar o sangramento em uma cirurgia de emergência.


Na última quinta, a equipe médica decidiu fazer um procedimento complementar e preventivo, chamado de embolização das artérias meníngeas e que consiste em bloquear o fluxo sanguíneo na região do hematoma com a ajuda de um cateter. Mais simples, esse procedimento também transcorreu dentro da normalidade.


Durante a internação, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, conversaram com Lula por telefone ao longo da semana, e o presidente assinou atos oficiais, por meio de sistema de assinatura eletrônico. Ele ficou todo o tempo acompanhado pela primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, e recebeu alguns filhos, netos e auxiliares diretos.

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