Conhecido por tumultuar as sessões da CPI do 8 de janeiro, o deputado federal Abílio Brunini (PL-MT) foi ameaçado de expulsão pelo presidente do colegiado Arthur Maia (União-BA). O episódio de desavença ocorreu antes do início do depoimento do ex-ministro do Gabinete Institucional de Segurança (GSI) Gonçalves Dias.
A confusão teve início com uma atitude de um colega de bancada de Abílio, o também deputado André Fernandes (CE) que interrompeu a fala de Jandira Feghali (PCdoB-RJ). Arthur Maia interviu pela primeira vez:
“Deputado André Fernandes, eu darei o tempo que eu quiser. Vamos parar com isso, deputado, quem tá irritando aqui é vossa excelência. Ficam querendo tumultuar a sessão sem argumento, que conversa absurda é essa?” questionou Arthur Maia (União-BA).
Os parlamentares pediram calma ao presidente, que rebateu:
“Eu fico calmo da forma que eu quiser. Não vai tumultuar, vou lhe retirar do plenário se o senhor continuar. Eu exijo que vossa excelência pare de falar” ameaçou Fernandes.
“Agora eu vou ficar calado?”, provocou o cearense. Ao longo da ocasião, Abílio gravava a cena, o que não agradou Maia.
“Pare de filmar a sessão, o senhor não é cinegrafista. Peço que o senhor se sente e tome seu lugar para que essa mesa posa prosseguir com os trabalhos” disse.
O presidente, então, retomou os trabalhos e deu início à introdução do depoente, GDias. Ao ter sua fala interrompida, Arthur Maia ameaçou expulsar Abílio Brunini na próxima advertência:
“Eu quero chamar atenção e estou seguindo o regimento antes de tomar uma medida mais drástica, de acordo com artigo 22, do deputado André Fernandes e do deputado Abilio Brunini”.
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