Atração de FBC unificaria palanques. Movimento de Kassab fortalece André

Na conta que se faz na Frente Popular, visando a 2022, não passa batido que atrair o grupo liderado pelo senador Fernando Bezerra Coelho resultaria na unificação de palanques em significativo número de municípios do Estado. “Em muitos mesmo!”, exclama, à coluna, uma fonte que integra a base de apoio do governador Paulo Câmara, lembrando que, em “várias cidades”, a “segunda força é deles”. Leia-se: dos Coelho. Em outras palavras, uma recomposição com esse conjunto desarmaria trincheiras de Oposição em várias cidades. Como a coluna cantara a pedra no último sábado, socialistas já não descartam uma articulação nesse sentido. O detalhe é o seguinte: só há uma vaga para o Senado em jogo e, dado o histórico de rompimentos, há resistências latentes de socialistas a votarem em Fernando, eventualmente, para a Casa Alta. Ao mesmo tempo, parlamentares da Frente Popular estão atentos às intensas movimentações do senador em agendas recentes junto a prefeituras e apontam, nas coxias, já acendendo sinal amarelo, hipótese de o senador mirar um projeto para Câmara Federal. Para ele concorrer a federal, observa um parlamentar da Frente Popular, “não haveria tanto empecilho à construção, porque niguém seria obrigado a votar nele”.


Pesa ainda nessa conta, que se faz da chapa majoritária a ser encabeçada pelo PSB, o fato de haver nomes da própria Frente Popular já cotados, a exemplo de André de Paula e de Silvio Costa Filho, para vaga do Senado. No caso de André, o fator nacional do PSD, que envolve a construção também de palanques regionais junto com o PSB, tem ajudado muito, dizem fontes socialistas. Há projeto de frente ampla encaminhado, por exemplo, no Rio de Janeiro, podendo transbordar para São Paulo e o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, tem atuado em sintonia com o PSB. Kassab tem relação sólida com André, até de amizade pessoal, e estaria disposto a construir as condições para ter um nome da sigla, cujo histórico é de parceria e lealdade com o ex-governador Eduardo Campos e com o PSB, na chapa majoritária em Pernambuco. Mas conta ainda a favor de André uma outra variável: ele poderia dividir seu espólio de federal, ajudando candidatos da Frente Popular, já que não tem sucessor para indicar. A conferir.


Espólio na mira

O assunto já teria ido à mesa em debates sobre formação da chapa a ser encabeçada pelo PSB: André de Paula não teria intenção de indicar nenhum nome para lhe suceder na Câmara. Em 2018, ele ampliou sua base, teve 118.641 votos, os quais já estão na mira de alguns postulantes a uma vaga em 2022.


 Currículo > André de Paula tem mais de 30 anos de mandatos, sendo um de vereador, dois de deputado estadual, seis de federal. Chegando ao Senado, cumpriria toda etapa do legislativo. 


 Reserva > Há quem aposte, na Frente Popular, que o espólio de André de Paula possa vir a beneficiar até mesmo Paulo Câmara, caso ele decida concorrer. “Tem prefeito dele que diz que vota em Paulo para federal”, pontua à coluna, em reserva, um socialista.


 Variáveis >  Há, de outro lado, quem não descarte o nome de Fernando Filho para vice em uma chapa majoritária.  Ele teria que deixar o DEM. O cálculo é feito considerando a manutenção do MDB na Frente Popular e a hipótese de FBC concorrer à federal.

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