O Itaú Unibanco anunciou ao mercado nesta segunda-feira que obteve autorização do Banco Central para adquirir 11,38% do capital social total da corretora XP, a maior do Brasil. A operação já estava prevista desde quando o banco iniciou seu investimento na corretora, e antes dos atritos entre as companhias.
No comunicado, o Itaú afirma que a operação ocorre “conforme previsto no contrato de compra e venda de ações e outras avenças, celebrado (com a XP) em 11 de maio de 2017”.
A compra dos papéis será feita após a divulgação das demonstrações financeiras auditadas referentes a 2021 da XP Inc., que tem capital aberto na Nasdaq. “São necessárias, ainda, aprovações de órgãos reguladores no exterior (como o Fed, ) para concretização de referida aquisição”, diz o documento.
O banco deverá desenbolsar 19 vezes o lucro a ser registrado pela XP neste ano pela fatia de 11,38%.
Em 2017, o banco controlado pelas famílias Moreira Salles e Setúbal investiu R$ 6 bilhões para se tornar sócio da corretora fundada por Guilherme Benchimol, com participação de 49,9% da companhia.
Neste ano, o Itaú desmembrou sua participação na XP com a criação de uma nova empresa, a XPart. Com a cisão, os acionistas da XPart puderam escolher entre receber ações da XP ou o equivalente a certificados de depósitos de valores mobiliários (os chamados BDRs).
A estreia dos BDRs da corretora na B3 se deu no mês passado e, com a entrada de novos sócios, o Itaú passou a deter 5,85% de participação na XP por meio das empresas Itaú Unibanco Participações e Itaúsa.