Na contramão das bolsas do exterior, a bolsa brasileira está em queda nesta terça-feira (28). Lá fora, os investidores se mostram otimistas com as notícias mais positivas sobre a nova variante do coronavírus. Embora o número de casos esteja sendo expressivo em alguns países, sinalizando que trata-de se uma cepa altamente contagiosa, a Ômicron não tem causado tantas mortes quanto se supunha. Por aqui, o protesto dos auditores da Receita Federal por aumentos de de salários coloca em foco a situação fiscal do país.
O Ibovespa, principal índice de ações da B3, recua 0,85% aos 104.763 pontos. O dólar comercial opera com estabilidade com leve alta de 0,05%, negociado a R$ 5,64 na venda.
Segundo relatório de Victor Guglielmi, economista da Guide Investimentos, a greve dos funcionários da Receita e as negociações de possíveis reajustes do funcionalismo público em ano eleitoral, deve “sustentar cautela no início de 2022”.
Cerca de 740 auditores da Receita Federal entregaram seus cargos, em protesto contra o governo por reajustes
“As bolsas ao redor do globo dão sequencia aos ganhos visto ontem e trabalham no terreno positivo no pregão desta terça-feira, apesar da explosão no número de casos de Covid-19 em vários países. Casos diários bateram novo recorde global, cerca de dois anos depois do início da pandemia, mas os investidores estão se confortando nos estudos que sugerem que a nova cepa não tem causado um aumento nas mortes, embora seja altamente contagiosa”, escreveu Guilherme Esquelbek, da corretora de câmbio Correparti, em relatório divulgado na manha desta terça-feira.
No exterior, o dólar perde força frente a seus pares e moedas emergentes ligadas as commodities. Por aqui, prevê Esquelbek, o dia deve ser de volatilidade no câmbio, com baixa liquidez e poucos negócios sendo realizados na última semana do ano.
Também influencia o dólar a briga pela taxa Ptax, taxa média de fechamento dos contratos futurs de câmbio, neste final de ano.