O presidente Jair Bolsonaro afirmou que a principal mudança pela qual passou nesses mil dias de governo foi alterar sua postura estatizante, que o acompanha há décadas, desde que chegou ao Congresso Nacional, quando foi eleito na década de 1990. Ele defendeu as privatizações.
O presidente também falou da fome e da inflação que assola o país. Para debelar a inflação, ele afirmou ser um “zero à esquerda” em economia, mas que deposita sua confiança no presidente do Banco Central, Roberto Campos.
“Por isso, o Banco Central independente. Converso uma vez por semana com o Roberto Campos. Em economia, sou zero à esquerda. Se o remédio para combater é só aumentar a taxa de juros qualquer um pode ocupar o Banco Central. Ele sabe o que fazer. Tenho confiança nele”, afirmou o presidente.
Na segunda-feira, em evento de lançamento de nova linha de crédito da Caixa, quando o presidente falava sobre inflação, disse que “nada está tão ruim que não possa piorar”.
O IPCA-15 de setembro atingiu 10% em 12 meses encerrados em setembro. O indicador mede as variações de preços entre os dias 15 de cada mês e, por isso, serve como uma prévia do IPCA, usado nas metas de inflação do governo.
Bolsonaro voltou a afirmar que irá garantir o vale-gás à população atendida pelo Bolsa Família, com a distribuição de um botijão a cada dois meses. Esse recurso, repetiu, virá da Petrobras, mas afirmou que a empresa sempre tem uma difícil batalha lá dentro e que é muito vigiada, por ter um conselho de administração.
Na véspera, o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, descartou ação da estatal para baratear botijão de gás e disse que não mudará a politica de preços de combustíveis da empresa.
O presidente também foi questionado se garante que não haverá apagão. “Não posso garantir isso para vocês. Há estudos dizendo que não vai faltar”, disse o presidente, que voltou a defender que os consumidores adotem o hábito de tomar banho frio.