Brasil torce por saída de presidente do BID, investigado por ‘relação inadequada’ com funcionária

O governo brasileiro enxerga como uma oportunidade a investigação de uma possível “relação inadequada” entre o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o americano Mauricio Claver-Carone, com uma funcionária.

Pelo menos três interlocutores com conhecimento do assunto afirmaram ao Globo que, caso se confirme essa conduta de Carone, as portas do BID vão ser abrir para uma renovação no comando da instituição.


Os detalhes sobre como ocorreu essa relação íntima são desconhecidos, mas o argumento é que isso fere o código de ética do banco. O que se sabe é que a investigação começou em abril deste ano e, dependendo do desfecho, o Brasil será um dos primeiros países a pedirem a saída de Carone, segundo o jornal “Valor Econômico”. A informação foi confirmada pelo Globo.


Em Brasília, o sentimento em relação a Carone é de decepção. Ele foi eleito para o cargo, com o apoio do Brasil, em setembro de 2020, após uma articulação do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O presidente republicano quebrou uma tradição de 60 anos em que o BID sempre era presidido por um latino-americano. Trump também atropelou o governo brasileiro, que meses antes havia informado que pretendia lançar uma candidatura própria.


O Brasil não teve qualquer tipo de compensação por desistir da candidatura. Segundo relatos, Carone jamais demonstrou gratidão. Agia com arrogância e ignorava todas as propostas apresentadas pelo governo brasileiro.




Diante desse comportamento, o presidente do BID acabou não recebendo o apoio do Brasil para se manter no cargo. Tentou falar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, mas não foi atendido.


Em abril deste ano, Carone atribuiu a denúncia contra ele a uma campanha política. A informação é que um e-mail anônimo foi enviado ao conselho de administração do BID falando sobre o relacionamento e ainda acusando o presidente do banco de desviar recursos.

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