Campos Neto diz que “tokenização” é o futuro dos meios de pagamento

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta sexta-feira em evento sobre o futuro do sistema financeiro que o começo do Pix foi um desafio e que não havia certeza se as pessoas iriam usá-lo ou não. Ele destacou que um dos diferenciais do Pix é a possibilidade de ele ser programável e que há como adicionar ferramentas.


Campos Neto também informou que a ideia é começar a inserir o conceito de dinheiro programável (uma espécie de agendamento de pagamento) no Pix e apresentou o que está por vir em termos de evolução no sistema.




— A ideia é começar a inserir o conceito de dinheiro programável no Pix. Temos pagamentos programados, teremos o Pix automático em novembro — disse Campos Neto.


De acordo com o presidente do BC, o Pix garantiu uma verdadeira evolução do sistema com a promoção de inclusão e contribuiu para a redução de problemas com saques em cidades que não contam com caixas eletrônicos.


— Basicamente, você elimina o problema de 500 cidades no Brasil que não têm caixas eletrônicos ou agências bancárias — ele disse. — No Brasil, você não precisa de caixa eletrônico mais porque você pode ir a qualquer loja e sacar dinheiro. Se o caixa estiver conectado ao Pix, pode fazer funções bancárias.


O presidente do BC também acredita que open finance está avançando e aposta em marketplaces financeiros que podem estar funcionando em um ano ou até em menos tempo, de acordo com ele.


— O que estamos fazendo é um modelo amplo de open finance. A questão que me pergunto é como posso fazer o sistema ter portabilidade e comparabilidade em tempo real — falou Campos Neto.


Ele explicou que a ideia é eventualmente ter um marketplace de finanças e que estão trabalhando em um “superapp”:


— Você não teria um aplicativo para cada banco no seu celular e isso está perto, estou falando daqui a um ano, ou menos — disse.


Mais cedo, o presidente do BC disse que parte da vulnerabilidade do Brasil vinha do cenário global e destacou que as intervenções no câmbio só devem acontecer quando há disfuncionalidades, durante evento das reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.


Campos Neto falou sobre as inovações do sistema financeiro brasileiro em evento no Peterson Institute for International Economics em Washington nesta sexta-feira. Além do presidente do Banco Central do Brasil, participaram Agustín Carstens (Bank for International Settlements), Joachim Nagel (Deutsche Bundesbank) e Nandan M. Nilekani (Infosys; UIDAI) e Changyong Rhee (Bank of Korea).O presidente do BC encerra sua agenda pública do dia em uma reunião com investidores organizada pelo Bank of America.

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