Candidata à vaga de conselheira no Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, a esposa do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), Aline Peixoto, omitiu em seu currículo que trabalhou na Secretaria Estadual de Saúde da Bahia mesmo após o marido virar governador do estado.
Segundo informações divulgadas neste sábado pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmadas pelo GLOBO, Aline informou à Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) que foi assessora especial da Secretaria de Saúde da Bahia entre 2012 e 2014, tendo depois assumido a presidência das Voluntárias Sociais da Bahia de 2015 a 2022. A entidade é presidida sempre pela primeira-dama do estado.
Informações do Portal da Transparência do governo baiano mostram, no entanto, que a enfermeira permaneceu na Secretaria de Saúde mesmo após o marido assumir o governo, em 2015.
Há registros de diárias pagas pela pasta a Aline até o ano de 2019. A última delas no valor de R$ 513, em 14 de outubro de 2019, descrita como “pagamento de diária de servidor”. A unidade orçamentária é o “Fundo Estadual de Saúde”.
No Diário Oficial da Bahia, consta que o primeiro cargo que Aline ocupou na gestão estadual foi em 2008, como diretora do Hospital Regional de Ipiaú, função que exerceu por cinco anos.
Aline não é a única mulher de ministro indicada a uma vaga de conselheira, cujo salário é de R$ 35 mil e a estabilidade pode chegar até os 75 anos.
Rejane Dias, mulher de Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social, foi eleita para o Tribunal de Contas do Piauí. Renata Calheiros, casada com Renan Filho (MDB), vai ocupar uma vaga no Tribunal de Contas de Alagoas. E a ex-deputada estadual Marília Góes, casada com o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, está hoje no Tribunal de Contas do Amapá.
Procurado, o governo da Bahia não quis se manifestar.
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