Cientista político Felipe d’Ávila será pré-candidato à presidência pelo Novo

O partido Novo lançou oficialmente neste sábado o cientista político Felipe d’Ávila, de 58 anos, como pré-candidato da legenda às eleições para presidente. d’Ávila é defensor de uma agenda liberal e da terceira via. Em seu discurso durante o lançamento de sua pré-candidatura ele afirmou que seu objetivo é combater o “populismo de esquerda e direita“.


O anúncio aconteceu em São Paulo, durante 6º encontro nacional do partido na sede da Fecomércio. O único governador filiado ao partido, Romeu Zema, de Minas Gerais, participou do evento, além de deputados da legenda e filiados.


Esta será a segunda vez que o Novo participará de uma eleição presidencial. Em 2018, o ex-presidente da sigla João Amoêdo disputou o pleito e ficou em quinto lugar, com 2,5% dos votos.




D’Ávila ecoou o discurso de outros candidatos da direita não bolsonarista, como Sergio Moro (União) e João Doria (PSDB), ao criticar “o Brasil das rachadinhas, do Mensalão, do Petrolão”, em referência a escândalos de corrupção associados a Jair Bolsonaro e ao PT.


— O país continua estagnado há mais de vinte anos. Vamos ter que trabalhar para fazer esse país sair do marasmo. Nossa missão em 2022 é derrotar o populismo nas urnas. O populismo de direita e de esquerda prometeu que o Brasil ia crescer e nos deram vinte anos de estagnação econômica. Prometeram que gerariam emprego e nos deram o maior desemprego da história do Brasil —afirmou d’Ávila.


O pré-candidato do Novo criticou ainda o fato de o país ter 55 milhões de pessoas na pobreza e que um em cada quatro brasileiros passa fome. d’Ávila defendeu a abertura econômica e disse que o partido quer pacificar o setor agro e o meio ambiente. Lembrou que há 20 anos, o Brasil era a oitava maior economia do mundo e hoje está na décima quarta posição. E citou ainda outros indicadores ruins do país nesse período.


— O Brasil é a segunda economia mais fechada do mundo e o décimo país que mais disperdiça dinheiro público. Tem o pior regime tributário do mundo, que sufoca aqueles que querem gerar emprego e empreender —disse ainda durante seu discurso.


Além de cientista político, Felipe d’Ávila tem mestrado em administração pública, é escritor, criador do Centro de Liderança Pública (CLP).


O Novo formalizou as pré-candidaturas a cinco governos estaduais nas eleições de outubro: o governador Romeu Zema (MG), o deputado federal Vinicius Poit (SP), o deputado federal Paulo Ganime (RJ), Odair Tramontin (SC) e Aridelmo Teixeira (ES).

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