O deputado estadual do Espírito Santo Lucas Polese (PL) assumiu em live do Instagram, nesta quarta-feira, que bebeu uma taça de vinho no dia em que foi parado em uma blitz de trânsito em Vitória e se recusou a fazer o teste do bafômetro. O episódio ocorreu em cinco de maio deste ano, quando o parlamentar usava um carro oficial da Assembleia Legislativa.
Na quinta-feira, o parlamentar apagou os registros da transmissão ao vivo, mas o jornal “A Gazeta” já havia baixado e publicado o registro. Na ocasião, Lucas Polese comemorou a decisão da Casa Legislativa, proferida no último dia 15, em arquivar uma denúncia por quebra de decoro parlamentar movida contra ele após a recusa pelo procedimento padrão. De acordo com o bolsonarista, tentaram estigmatizá-lo como “playboy” quando ele estava apenas trabalhando:
— Eu estava com o embaixador do Azerbaijão, tentando trazer mais recursos e investimentos para o Espírito Santo (…) Essa era a última agenda e acabou umas 22h e ai ele quis fazer um jantar com o pessoal e a gente participou desse jantar no restaurante e depois que foi a blitz. Em determinado momento desse jantar, o embaixador quis porque quis brindar uma taça de vinho e nisso ai eu brindei. Cometi o erro de brindar essa taça de vinho, eu estava querendo agradar o cara, ser um bom anfitrião — disse Lucas Polese.
Segundo o próprio deputado, este brinde teria ocorrido às 23h. Por volta de 1h da manhã, ele deixou o restaurante em direção ao hotel do embaixador com o carro oficial da Assembleia:
— Estava com o carro oficial porque estava com o embaixador, não podia fazer essa agenda com meu celtinha vermelho (…) Estava com o carro oficial cheio de presentes e foi nisso ai que sai do restaurante e estava indo para o hotel deixar os presentes. (…) Eu estava trabalhando e tentaram fazer eu sangrar o máximo possível — defendeu-se.
Apesar do arquivamento na Assembleia Legislativa, o caso de Lucas Polese ainda é investigado pelo Ministério Público. O GLOBO entrou em contato com a assessoria do deputado e a reportagem será atualizada em caso de manifestação.
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