Os perfis bolsonaristas nas redes sociais, desmonetizados por decisão do corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Felipe Salomão, movimentaram R$ 1,2 milhão em receitas com publicidade desde o bloqueio, em agosto.
O montante que seria pago pelas redes sociais (YouTube, Twitch.TV, Twitter, Instagram e Facebook) a esses canais, páginas e sites foram depositados em uma conta judicial, na qual permanecerão até o fim das investigações.
A informação foi revelada pelo G1 e confirmada pelo Globo. O TSE não forneceu detalhes sobre quanto foi arrecadado por perfil.
Os autores das contas são investigados por propagação de informações falsas sobre as eleições brasileiras. A decisão do corregedor atingiu perfis ligados a 11 influenciadores digitais, três veículos de mídia (Terça Livre, Folha Política e Jornal da Cidade Online) e um movimento político (Nas Ruas) apoiadores do presidente Jair Bolsonaro com alto alcance nas principais plataformas digitais.
Entre os influenciadores estão os blogueiros Allan dos Santos, do Terça Livre, e Oswaldo Eustáquio. A maior parte dos alvos da decisão pela suspensão de repasses de verbas publicitárias pelas redes sociais já era investigada no inquérito sobre a organização de atos antidemocráticos aberto no ano passado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.
As investigações da Polícia Federal apontam a existência de uma rede organizada e complexa para estimular a polarização no debate político, tendo como foco as urnas eletrônicas, e, em último grau, servir a interesses político-partidários.