Despachante e servidor da Receita Federal são suspeitos de manipular fiscalizações no Porto de Suape

Um despachante aduaneiro e um servidor da Receita Federal, que atuava no Porto de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana, são alvos da Operação Recôndito, deflagrada na manhã desta quarta-feira (31) pela PF.

De acordo com a Polícia Federal (PF), os envolvidos agiam no intuito de diminuir as inspeções fiscais em produtos importados ou exportados de clientes do despachante aduaneiro, beneficiando terceiros.

Quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta manhã em endereços residenciais e comercial nas cidades do Recife e Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana.

Nos locais, foram apreendidos relógios de grife, joias e dinheiro em espécie.


Operação Recôndito. Foto: Divulgação/PF


O objetivo é identificar outros envolvidos e confirmar o modus operandi dos investigados que manipulavam inspeções fiscais no Porto de Suape.




A PF informou que investigações foram iniciadas em abril de 2020, por meio da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários (Delefaz).

Cerca de 20 policiais federais, além de 10 auditores fiscais e analistas tributários da Receita Federal participaram na Operação Recôndito, que significa escondido, encoberto, oculto, retirado, e faz referência às “tratativas obscuras dos investigados”, segundo afirmou a PF. 

Segundo a corporação, os investigados respondem pelos crimes de descaminho, facilitação de descaminho, corrupção ativa e passiva e associação criminosa. As pena podem alcançar 23 anos de prisão.

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