Dólar sobe para R$ 5,21 influenciado por fatores internos

Em um dia marcado por tensões internas, o dólar voltou a fechar acima de R$ 5,20, depois de cair mais de 1% durante a manhã. A bolsa de valores iniciou o dia em forte alta, mas terminou com leve queda.


O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (5) vendido a R$ 5,216, com alta de R$ 0,03 (0,57%). No início da sessão, o real chegou a ter o melhor desempenho entre as moedas de países emergentes, como dólar norte-americano caindo para R$ 5,11 por volta das 10h40. No entanto, a cotação passou a subir à medida que notícias internas influenciaram o mercado.


Processo semelhante ocorreu no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 121.633 pontos, com queda de 0,14%. O indicador chegou a subir 1,35% por volta das 10h40, influenciado pela divulgação do lucro de R$ 42,85 bilhões na Petrobras no segundo trimestre, revertendo o prejuízo do mesmo período de 2020. No entanto, o índice desacelerou à tarde e passou a cair.




As tensões políticas e as dúvidas sobre a estabilidade das contas públicas se contrapuseram ao otimismo do mercado internacional. As negociações em torno de um fundo que custearia despesas do novo Bolsa Família com a possibilidade de estar fora do teto de gastos provocaram instabilidade no mercado doméstico.


No meio da tarde, a apresentação do relatório no Senado que institui um novo Refis, programa especial de renegociação de dívidas de contribuintes. O projeto, que não tem o aval do Ministério da Economia, pode resultar em perda de arrecadação, segundo os investidores.

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