O UnitedHealth Group, dono da Amil e da Americas Serviços Médicos, colocou à venda toda a sua operação no Brasil, conforme antecipou o colunista Lauro Jardim. Essa não é a primeira vez que a gigante norte-americana tenta se desfazer do negócio no país, mas, depois de uma mal sucedida tentativa de negociar a deficitária carteira de planos individuais, no ano passado – que acabou suspensa pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) -, o grupo agora quer fazer uma operação em bloco, sem desmembramento de seus ativos.
Segundo fontes, o UHG ainda não tem comprador para o negócio ainda e nem teria pressa para que a venda aconteça. Trata-se de uma mudança de estratégia e não uma necessidade de levantar recursos. A gigante americana reportou receitas de US$ 92 bilhões no segundo trimestre deste ano.
O grupo teria determinado que toda a transação seja conduzida de forma criteriosa, respeitando as regras regulatórias e sem causar prejuízos a clientes e colaboradores.
O negócio avaliado pelo Bank of America (Bofa), entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões, segundo informou o Valor, inclui além da terceira maior operadora do país, com mais de cinco milhões de usuários, 12 hospitais e 30 clínicas médicas.
Desde janeiro do ano passado, fala-se que o BTG teria sido contratado pelo UHG no Brasil para capitanear a saída do grupo do país. No entanto, as mudanças na liderança da companhia e novas iniciativas como o retorno da venda de planos individuais, em maio, pareciam ter colocado essa operação fora da agenda do UHG, na avaliação de analistas do mercado.
A situação financeira da empresa parece se agravar,- a Amil registrou o maior prejuízo entre as empresa do setor, em 2022, com resultado negativo em R$ 1,6 bilhão. Nesse primeiro semestre novamente a operadora está no topo da lista de operadoras com piores resultados, com prejuízo de R$ 866 milhões.
Procurado, o United Health Group Brasil não comenta rumores de mercado. O BTG também não quis comentar.
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