Em meio à crise tucana, nome de Tasso Jereissati ressurge nas negociações do PSDB com MDB

Ao mesmo tempo em que o PSDB amplia a pressão para a desistência da candidatura do ex-governador João Doria, volta a ganhar força na sigla o nome do senador cearense Tasso Jereissati. De acordo com dirigentes tucanos, há uma articulação em curso para tentar emplacar uma aliança com o MDB tendo Tasso como vice numa chapa encabeçada pela senadora Simone Tebet (MS) ao Palácio do Planalto.


Se Doria sofre resistência e candidatos a governador e deputados da sigla afirmam que sua rejeição nas pesquisas pode prejudicá-los, a avaliação é que Tasso ajudaria a pacificar a sigla. Ex-presidente do PSDB, Tasso tem boas relações com as principais lideranças do partido — hoje há uma divisão na sigla entre uma ala pró-Doria e um outro grupo que ainda tem esperança de ressuscitar uma candidatura do ex-governador Eduardo Leite.




No entanto, a volta de Leite é descartada, por enquanto, para não acirrar as disputas internas, uma vez que correligionários dão como certo que Doria não hesitaria em recorrer à Justiça para fazer valer sua vitória nas prévias. O paulista se vale do estatuto tucano para garantir que o vencedor das primárias tenha a candidatura homologada na convenção nacional, que deve ocorrer entre julho e agosto. Ainda assim, integrantes da direção nacional creem que Doria seria menos resistente ao nome de Tasso do que um eventual retorno de Leite.


Na reunião da Executiva desta quinta-feira, no entanto, um integrante da cúpula partidária sugeriu incluir o nome de Tasso na pesquisa do Instituto Guimarães, cujo levantamento foi feito em parceria com MDB e Cidadania neste fim de semana. O objetivo era avaliar a viabilidade eleitoral do senador. A ideia foi rejeitada por interlocutores de Doria e do presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo.


Apesar disso, o próprio Araújo foi o principal incentivador de uma candidatura presidencial de Tasso nas prévias presidenciais do PSDB, no ano passado. O senador, porém, acabou desistindo e se engajou na campanha de Leite que, por sua vez, terminou derrotado por Doria. Em razão dessa articulação frustrada, há ceticismo hoje sobre a possibilidade do movimento pró-Tasso dar certo.


Ao responder se aceitaria compor uma chapa com a senadora Simone Tebet (MDB-MS), Tasso deu a entender que não foi consultado sobre o plano e declarou que “isso não faz parte do seu projeto de vida”. O cearense disse em entrevistas recentes que pretende se aposentar da política, embora continue a participar ativamente da vida partidária da sigla. Tasso também frisou que o assunto não foi tratado na reunião ontem do PSDB, voltada a discutir a “questão Doria” e a manutenção das conversas com o MDB e Cidadania. E saiu de lá afirmando que qualquer “decisão deveria ser feita em diálogo com o próprio Doria”.

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