Em visita à Folha, presidente do Fonamec diz que vai usar a tecnologia para promover conciliações

Após ser eleito por unanimidade para assumir a presidência do Fórum Nacional de Mediação e Conciliação (Fonamec) para o biênio 2024/2026, o desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) Erik de Sousa Dantas Simões será empossado no cargo no dia 12 de dezembro, em cerimônia no Salão do Pleno do Palácio da Justiça de Pernambuco.


Em visita à Folha de Pernambuco, ontem, o magistrado abordou as perspectivas e desafios para a sua gestão e defendeu a ampliação do acesso à Justiça e à cidadania. Na ocasião, ele foi recebido pelo diretor Executivo do jornal, Paulo Pugliesi, e pelo diretor do Grupo EQM, Eduardo Moraes.


No comando do Fonamec, o desembargador pretende trabalhar em prol do desenvolvimento da instituição, primando pela cidadania e justiça.




Diretor executivo Paulo Pugliesi recebe convite das mãos de Erick Simões | Foto: Alfeu Tavares/Folha de Pernambuco


Nupemec


Coordenador geral do Núcleo de Conciliação (Nupemec) do TJPE, o desembargador destacou o pioneirismo da Corte estadual nos trabalhos de conciliação e mediação. O Judiciário pernambucano criou em 2007 a Central de Conciliação, Mediação e Arbitragem antes mesmo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinar que todos os tribunais brasileiros criassem os seus núcleos de conciliação.


À frente do Nupemec, o desembargador destacou o trabalho desenvolvido e as ações do núcleo.


“A Casa de Justiça e Cidadania foi criada aqui. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) veio (para Pernambuco) pegar a ideia e levá-la para todos os locais. A gente recebeu, este ano, um prêmio do CNJ em boas práticas com Proendividados (programa para tratamento de situações de superendividamento dos consumidores), que a gente criou em 2011. No ano passado foi que o CNJ determinou que cada Estado tem que ter uma unidade para os superendividados. A gente já tinha há muito tempo e faz um trabalho brilhante”, destacou.


Tecnologia


Entre os planos de Simões, o uso de novas tecnologias também é alvo de atenção. Ele defende a adoção de ferramentas virtuais como aliadas para dar mais eficiência à prestação jurisdicional. O desembargador cita a realização de audiências de conciliação por videoconferência e Whatsapp em Pernambuco.


“A pandemia tinha previsto isso. A gente passa na frente com coisas que só aconteceriam daqui a 5 ou 6 anos e encurta esse prazo. Pelo WhatsApp, (a conciliação) dá um resultado muito mais positivo. É muito mais fácil”, defendeu.

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