Evento no Centro do Rio marca criação do Museu da Democracia, que será inaugurado em 2026

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, esteve no Rio de Janeiro nesta sexta-feira para anunciar a implementação do Museu da Democracia, que funcionará a partir de 2026 no prédio do Centro Cultural da Justiça Eleitoral (CCJE), no centro da capital fluminense. A iniciativa trata-se de uma parceria entre o TSE e a prefeitura do Rio de Janeiro.


A escolha pelo prédio do CCJE se deu por seu entorno, que foi palco de importantes manifestações populares, como a “Passeata dos cem mil” e o movimento das “Diretas já” durante a ditadura militar.




As obras que serão expostas vão fazer referência aos pilares da democracia, como participação popular e liberdade de imprensa. Haverá menções aos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).


A primeira obra, de autoria do artista plástico Vik Muniz, rememora o dia dos ataques, e reconstituiu a fachada do Congresso Nacional com os cacos de vidros que foram estilhaçados.


Outra atração será a Sala do Voto, na qual a evolução do sistema eleitoral de cédulas de papel às urnas eletrônicas será apresentada aos visitantes.


Além de Moraes, marcaram presença no evento o corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, o governador do estado do Rio, Cláudio Castro (PL), o prefeito Eduardo Paes (PSD) e o secretário municipal de Governo Felipe Santa Cruz.


Na solenidade, Paes trocou afagos com Moraes e afirmou que o ministro é responsável pela manutenção da democracia no país:


— Queria saudar tantos brasileiros que, no passado deram a vida pela democracia, e faço isso na figura do pai do meu secretário Felipe Santa Cruz, morto pela ditadura. E saudar aqui o homem que vem atuando de forma rígida para manter a democracia no país, o ministro Alexandre de Moraes — disse o prefeito.


Já o governador do Rio, Cláudio Castro, fez um discurso ressaltando a importância da Justiça Eleitoral.


— Aqui exalta-se um dos nossos bens mais preciosos, que é a democracia. A gente vem lutando para que o resultado das urnas seja respeito a todo custo — afirmou o governador.

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