A advogada Ana Cristina Valle, candidata a deputada distrital e ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, aproveitou o desfile do 7 de Setembro em Brasília para pedir votos na Esplanada dos Ministério. Cristina, no entanto, evitou responder ao GLOBO sobre a mansão em que ela mora — que ela dizia alugar, mas agora declarou ser dona.
Conforme o GLOBO revelou, a Polícia Federal (PF) solicitou a abertura de um inquérito para investigar a compra da casa, afirmando que a aquisição seria “aparentemente incompatível” com o emprego de Cristina na época (de assessora parlamentar) e que teria sido feita “por meio de pessoa interposta”.
Cristina se mudou no ano passado para a mansão, que fica no Lago Sul, região nobre de Brasília. Na época, disse ao portal Uol e à revista Veja que alugava o imóvel — avaliado em R$ 2,9 milhões. Agora, contudo, ao registrar sua candidatura, declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ser a dona da mansão, que disse custar R$ 829 mil.
Nesta quarta-feira, Cristina panfletou na altura do Museu Nacional da República, na extremidade oposta da Esplanada em relação ao ponto em que Bolsonaro assistiu à parada militar e discursou. Questionada diversas vezes sobre se é ou não dona da casa em que mora, Cristina apenas sorriu e permaneceu em silêncio, além de continuar panfletando. Assessores afirmaram que ela não daria entrevista.
Apesar de não ter usado o nome do presidente na época em que foram casados, a advogada se apresenta nas eleições como Cristina Bolsonaro. Ela também fez um cartaz de campanha no qual aparece ao lado de Bolsonaro e do filho deles dois, Jair Renan.
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