Flávio Bolsonaro diz que TSE ‘está preocupado com própria imagem, não com a democracia’

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) voltou a questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas e do sistema eleitoral brasileiro. Em entrevista ao SBT veiculada nesta quarta-feira (18), ele criticou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e afirmou que os integrantes da Corte estão preocupados “com a imagem deles” e não “com a democracia” ou “em respeitar a vontade da população”. Flávio também defendeu o cumprimento das orientações dadas ao tribunal pelas Forças Armadas.


— Eles estão preocupados com a imagem deles, não estão preocupados com a democracia, não estão preocupados em respeitar a vontade da população. O que vai acontecer eu não sei, mas é óbvio que isso está gerando uma revolta numa parcela considerável da população. Cabe ao TSE resolver isso — afirmou o senador.


Ao lembrar os questionamentos feitos pelas Forças Armadas ao TSE, Flávio disse que impedir os militares de fiscalizarem o resultado das urnas junto à Corte passa a imagem que “estão querendo esconder alguma coisa”. Na semana passada, porém, a Corte rebateu e esclareceu as sete indagações feitas pelos militares.




— Por que não ampliar esse leque? Por que não coloca as Forças Armadas, a OAB, por exemplo, e qualquer instituição que queira acompanhar em tempo real na mesma mesa do pessoal do TSE. Fica parecendo que estão querendo esconder alguma coisa. É a percepção da maioria da população. A gente está avisando desde antes: não vamos esperar acontecer para depois a gente acusar que teve algum problema — disse.


Apesar das declarações de Flávio, no entanto, não há registros de fraudes desde que o modelo das urnas eletrônicas foi implantado, em 1996. E embora o senador e o presidente da República constantemente questionem a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro, não foi apresentado nada que comprove as afirmações.


Com mais de 30 camadas de proteção, as urnas eletrônicas passam por auditoria e não podem ser invadidas pela internet. Desenvolvido pelo TSE, o software usado no equipamento conta com criptografia, assinatura digital e passa por testes públicos de segurança, além de uma auditoria chamada de “votação paralela”, uma simulação com urnas sorteadas que ocorre no dia da eleição.


Apesar disso, o senador também insinuou que a Corte estaria evitando tomar novas medidas sobre o sistema eleitoral para não beneficiar seu pai, o presidente Jair Bolsonaro.


— O que eu acho que passa na cabeça de quem está tomando conta do TSE hoje: não vamos dar essa vitória política para o Bolsonaro. Ou então, se nós cedermos ao Bolsonaro ele vai ter uma vantagem política com isso. A gente vai estar desacreditando o sistema eleitoral nas eleições anteriores — afirmou.

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