Com um mês de carreira, em 1992, Elton Leme conduziu a sua primeira eleição como juiz de comarca e viu o pleito ser anulado por fraude, razão pela qual virou defensor da urna eletrônica.
À frente do processo eleitoral de 2022 no Rio, no posto de presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Leme segue defendendo a tecnologia, garante que a Justiça não é inimiga dos políticos e afirma estar disposto a todos os esforços, inclusive a convocação de forças federais, para garantir o livre exercício do voto em tempos de intolerância.
A intolerância é uma forma de violência que tem se revelado nos dias de hoje de forma histérica. A boa notícia é que as instituições brasileiras, incluindo o Judiciário, vêm demonstrando muita solidez para lidar com esse tipo de fenômeno.
A Justiça Eleitoral não é contra o político e a atividade política. Mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem dito o que é possível e o que não é possível fazer.
Cogita-se, como já ocorreu em eleições anteriores, o acionamento de forças federais para garantir a realização da campanha e da votação?
Utilizar força federal é sempre uma opção quando há risco, principalmente em função do crime organizado. Risco ao livre exercício do voto. Caso se perceba isso, temos sempre a obrigação de convocar. Mas hoje não há sinais