Fortaleza: presidente do PDT diz que candidatos do PT e PL “não são adequados” e cita neutralidade

O deputado federal André Figueiredo, presidente interino do PDT, recomendou a neutralidade no segundo turno da eleição para prefeito de Fortaleza, que é disputado entre Evandro Leitão (PT) e André Fernandes (PL).


Em nota divulgada nas redes sociais, Figueiredo, que é aliado do ex-presidenciável Ciro Gomes, criticou os dois candidatos que avançaram para a segunda fase na disputa. O prefeito José Sarto, candidato do PDT, ficou terceiro lugar e não irá renovar o mandato.


“Os dois candidatos que disputam o segundo turno representam caminhos que, por um lado, não estão alinhados aos princípios e bandeiras que defendo, e por outro, não agradam ao modelo de gestão que considero adequado para o Ceará e para a nossa capital”, declarou.


“Diante desse contexto, compreendo que a neutralidade partidária neste momento é a postura mais adequada, respeitando os posicionamentos individuais dos nossos integrantes, ressaltando que pessoalmente seguirei o alinhamento nacional do partido”, completou.




No texto divulgado pelo deputado, no entanto, Figueiredo não indica qual a posição institucional do partido.


O PDT foi oposição ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que está representado com a candidatura de André Fernandes.


Ainda assim, isso não significou um alinhamento com o PT na disputa. No primeiro turno, Figueiredo se queixou do fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter participado da convenção partidária que confirmou a candidatura de Evandro.


PT e PDT são rompidos no Ceará, mas o partido de Sarto é da base do governo Lula e indicou Carlos Lupi, presidente nacional licenciado do partido, como ministro da Previdência Social.


Mais cedo nesta quinta-feira, Sarto disse que vai anunciar a posição “nas próximas horas” ou até amanhã. Nas redes sociais, o prefeito declarou ainda que está “está preocupado com os rumos que Fortaleza está tomando”.


Por outro lado, parte dos vereadores do PDT em Fortaleza já se antecipou ao partido e disseram que apoiam o candidato do PT. Evandro Leitão era do PDT até o final do ano passado, mas saiu da legenda após uma divisão entre aqueles que queriam uma aliança com o partido de Lula no Ceará e os que não queriam.


Comandados por Ciro Gomes, o grupo que rejeitava uma aliança com o PT prevaleceu e os dissidentes saíram do partido e se filiaram ao próprio PT, como Evandro, ou ao PSB, como o senador Cid Gomes, irmão de Ciro.

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