O Gmail, um dos serviços de correio eletrônico mais populares da indústria digital, completa seu aniversário de duas décadas nesta segunda-feira.
O serviço de e-mails da gigante americana Google, lançado em 2004 justamente no Dia da Mentira, chega aos 20 anos com a impressionante marca de 1,8 bilhão de contas ativas.
Na época, o correio da gigante americana se diferenciava dos outros pela robustez, agilidade, capacidade de processamento e pela disponibilidade de armazenamento muito acima dos serviços disponíveis em meados da década de 2000.
Hoje disponibilizado com 15 gigabytes de armazenamento gratuito, o serviço estreou em 2004 oferecendo apenas 1Gb de memória. Mas a marca já era suficiente para fazer com que despontasse frente a seus concorrentes: os populares Yahoo! e Hotmail, na época, armazenavam de 30 a 60 e-mails em sua caixa de entrada.
O então novo serviço do Google disponibilizava espaço para armazenar cerca de incríveis 13.500 mensagens, algo extremamente volumoso para a época. A marca era quase 300 vezes maior que a capacidade dos concorrentes. Tanto que o design da página diminuiu o ícone de excluir e-mail, já que, com o maior espaço, essa seria uma tarefa quase nunca necessária.
A velocidade de processamento do serviço do Google também encantava. Uma linguagem de programação mais ágil para a época permitiu que o Gmail ficasse à frente das outras plataformas, que demoravam um tempo considerável para responder aos comandos dos usuários.
As outras plataformas também não tinham, à época, a ferramenta “localizar”, que permitia ao usuário buscar por palavras-chaves ou trechos que se lembrasse de alguma mensagem recebida, a fim de recuperá-la.
No início, clube seleto
Mas, há 20 anos, ter um e-mail com a assinatura do Google era para poucos. Assim que foi lançado, apenas mil contas foram criadas e distribuídas para pessoas relevantes do mundo da tecnologia, incluindo a imprensa.
Os data centers da empresa ainda não tinham o gigantismo de hoje para concentrar as trocas e promover a manutenção do sistema sem interrupções ou gargalos.
Mas, com o aumento gradual dos servidores, o número foi crescendo, já que a plataforma permitia que os usuários já registrados pudessem convidar familiares e amigos a ter seu próprio endereço virtual @gmail.com . A demanda era tanta que, em dado momento, convites eram vendidos no eBay, popular site de vendas nos EUA, por até US$ 250.
Era pegadinha?
A notícia de estreia do Gmail fez com que agências de notícias, na época, fossem “corrigidas” por agentes de mercado. Isso porque, todos os anos, os chefes do Google disparavam ideias para lá de bizarras em todo 1º de abril. E, como o anúncio foi feito justamente nesse dia, os internautas inicialmente não acreditaram.
Vagas de emprego na Lua, a disponibilidade de “raspar e cheirar” em seu mecanismo de busca e até mesmo uma caixa de cartas que separa as correspondências por pastas foram algumas das pegadinhas anunciadas pelo Google em 1º de abril.
Vídeo: Google já anunciou ‘caixa de correio inteligente’:
O produto, que hoje é sucesso entre usuários comuns e no setor empresarial, foi desenhado em 2001 para ser usado na comunicação interna da empresa.
Segundo a plataforma de análises econômicas Statista, em 2019, 26% de todos os e-mails enviados e recebidos por dia no mundo eram realizados na plataforma, representando cerca de 76 bilhões dos 293 bilhões de mensagens enviadas diariamente naquele ano.
A previsão é que, em 2024, sejam trocados 361 bilhões de e-mails por dia nos mais diversos serviços de correio eletrônico.
‘Libera geral’ só com três anos
Foi somente no Valentine’s Day de 2007, data em que os americanos comemoram o Dia dos Namorados, que o Google pôs fim aos convites, permitindo que qualquer internauta criasse uma conta no Gmail.
A versão de testes, ou beta, no entanto, perdurou até 2009.
O Gmail também abriu portas para outros produtos do Google. O Docs, o Drive e a finada rede social Google+ nasceram como parte integrante do serviço de correio eletrônico.
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