As contas do governo federal registraram, em agosto, um déficit primário (descontado o pagamento de juros) de R$ 50 bilhões. Os três componentes da conta apresentaram resultados negativos: o Tesouro e o Banco Central com R$ 22 bilhões e a Previdência, com R$ 28 bilhões.
Segundo o Ministério da Economia, o crescimento das despesas acima das receitas se deveu, entre outros fatores, ao pagamento de precatórios, ao aumento dos gastos com o Auxílio Brasil e ao acordo entre União e Município de São Paulo pela posse do Campo de Marte, no valor de R$ 23,9 bilhões.
No acumulado do ano, há um saldo positivo de R$ 22,2 bilhões, ante um déficit de R$ 82,1 bilhões no mesmo período de 2021. A maior arrecadação se deveu, principalmente, pelo aumento real de 9,5% das receitas tributárias, que atingiu R$ 81,5 bilhões, concentradas no Imposto de Renda e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Na semana passada, o governo anunciou sua previsão oficial de que haverá um superávit nas contas públicas em 2022, mesmo com todos os gastos extras feitos ao longo do segundo semestre, como o Auxílio Brasil de R$ 600. A estimativa é de uma folga de R$ 13,5 bilhões. Será a primeira vez que as contas fecham no azul desde 2013.
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