A rede Hortifruti Natural da Terra vem colocando em curso um plano para aumentar sua eficiência. No centro da estratégia da companhia, que pertence à Americanas, está o aumento do volume de serviços, com a ampliação das refeições prontas para comer.
Com 57 lojas no Rio e 15 em São Paulo, a companhia iniciou sua nova estratégia neste fim de ano, com o desenvolvimento de cestas de Natal e Ano Novo, em um cardápio que chega a 50 opções.
Paulo Drago, CEO da Hortifruti Natural da Terra, que assumiu a companhia há seis meses, diz que o plano é “aumentar a produtividade” da empresa, em uma estratégia que envolve ainda reformas em lojas.
Desde que a Americanas entrou em recuperação judicial, com a revelação de inconsistências contábeis superiores a R$ 20 bilhões no início do ano passado, a companhia vem tentando, sem sucesso, vender alguns de seus ativos, como o próprio Hortifruti. Na ocasião, a companhia alegou que os preços vieram abaixo das expectativas.
— Estou há seis meses aqui. A ideia é melhorar a experiência do consumidor e aumentar a eficiência da companhia. E o resultado será fruto disso. Já reformamos cinco lojas e temos o plano de reformar mais dez unidades em 2025 — diz ele, que não descarta expansão com novas unidades.
Com passagens pelo Carrefour, Walmart e Pão de Açúcar, uma das primeiras iniciativas do executivo foi reforçar o conceito de serviço e conveniência no Hortifruti. Drago destaca que a operação de cestas de fim de ano foi alçada a uma das principais apostas deste período, com opções que vão de bacalhau a saladas e tortas. Neste início de mês, calcula que as vendas já aumentaram 10% com a estratégia.
A expectativa é vender 750 toneladas de produtos típicos desta temporada de festas, como cerejas, uvas, frutas de caroço, figo, lichia, romã, entre outros.
— Em São Paulo, foi montada uma central de operação. E, no Rio, cada loja tem sua própria estrutura. Para 2025, a estratégia é ampliar o leque de ofertas e aproveitar outras datas.
Drago lembra ainda que a categoria de refeições prontas vem apontando forte crescimento no varejo, com alta de 25% neste ano. Segundo ele, o avanço é reflexo das mudanças no comportamento do consumidor desde a pandemia de Covid-19.
— A gente se planejou para o Natal já no início do segundo semestre. Tudo que está sendo vendido hoje foi comprado há dois ou três meses. O dólar maior terá impacto no médio e longo prazos. As variações climáticas me preocupam mais — diz ele, lembrando que os preços, em média, estão no mesmo patamar do ano passado.
Em outra frente de negócios, Drago menciona que a companhia pretende ampliar a operação de restaurantes nas lojas maiores, com opções de café da manhã e almoço.
— Hoje, 40 lojas já têm esse modelo. E, quando vemos que há espaço para isso, a gente vai ampliar essa operação, exceto nas lojas menores chamadas Hortifruti Leve.
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